O que aprendi com 3 filhas?

Podia escrever um livro sobre isso (não o vou fazer, sabe Deus o meu que está moribundo!) mas hoje ia focar num aspecto muito particular das famílias numerosas, pelo menos a nossa.

Todas as coisas se fazem da mesma forma mas a programação das coisas encurtou brutalmente.

Se dantes, uma festa de anos de outubro se começava a planear em setembro, agora começa a quatro dias do evento. Se uma mala se fazia na véspera, agora faz-se antes de sair de casa. Se as refeições se planeavam a 15 dias, agora é à semana e mesmo assim olhe lá.. desapareceu o tempo de planeação, que é uma palavra que não existe mas que me faz falta, porque não é de planificação que estamos a falar, é de planeação mesmo (a sugestão do corretor automático é "plano acção" - o que também se aplicava aqui).

Por muito que seja fã da listas, organização e antecipação, dou comigo a não conseguir fazer nada disso. É tudo em cima, no momento, no limite! Porque de facto o tempo encurtou imenso. Quer dizer, entende-se que o tempo é o mesmo, a quantidade de pessoas a quem tenho de atender no mesmo tempo, essa sim é que aumentou, qual médico de família na USF. São consultas de 15 minutos, senhores!, 15 minutos..!

Adiante;

Tudo se faz na mesma, tudo acaba por se fazer, que português é bom de improviso e desenrasque mas quem é de agendas, horários e prazos como eu, teve um período de adaptação - que também foi curto porque, lá está, não há tempo! Ainda agora fomos passar o fim-de-semana fora e acho que a meio as malas ainda não estavam todas feitas. Vidas cheias de gente!

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