Os melhores anos

 A crítica é maravilhosa e os testemunhos de quem leu também. Não é obviamente um mau livro mas está longe de ir para um dos meus preferidos. Ou talvez a minha expectativa fosse demasiado grande. O tema é de ontem, de hoje e de todos os dias, continua perfeitamente actual - infelizmente - e tem graça na forma como está escrito, na leveza perante um tema tão duro. A personagem principal é um exemplo de resiliência, dureza, strong woman mas não fiquei UAU!

Este mês dei a mim própria um presente que namorava há anos - a box do bookgang - que é um clube do livro mensal, com curadoria da uma escritora, responsável do clube e agora recém dedicada a uma nova editora, cujo primeiro livro publicado é precisamente este - e Os melhores anos é  um dos livros da box, juntamente com a Chloe Brown (última leitura) e o próximo que iniciei e que é duro, duro. Não foi exactamente uma escolha minha, embora tenha escolhido comprar a box. Ainda assim, é de leitura rápida e fácil, prende qb, sobretudo de meio para fim e não vai de forma alguma para a lista negra - simplesmente não excedeu as minhas expetactivas!




Uma cidade por mês - Fevereiro na Serra da Estrela

Há anos que falamos da serra e da neve! Aquela ideia de ter as crianças a fazerem bonecos de neve, a atirarem bolas, e fazerem anjos no chão era algo que elas imaginavam há séculos! Por isso, nada melhor do que Fevereiro na Serra da Estrela, certo?

Claro!, desde que a neve não seja essencial!

De facto este Inverno tem andado muito atípico, sem frio, sem chuva... como tal, nada de neve na serra! Ainda assim, fomos numa sexta-feira ao final da tarde, chegamos à hora de jantar e sábado de manhã lá estávamos, no alto da serra, plena torre, com fatos, botas, gorros e imensa brincadeira. Também com muito vento gelado e só bocaditos de gelo mas isso não é importante.

As miúdas divertiram-se muito, ao final da manhã bebemos chocolate quente e passamos uma manhã mesmo boa, ao que se seguiu um almoço divinal na Covilhã, brincadeira no parque infantil do jardim e resto da tarde na piscina do hotel - ponto necessário!

Ficamos na Pousada da Serra da Estrela, que era um antigo sanatório - e que mantém muitos dos traços- um hotel enorme, com jardins e vistas uau!, com uma piscina de que gostamos muito (embora bastante cheia, o que foi pena), pequeno-almoço delicioso e pessoas super, super queridas. Durante estes dias lembrei-me de que tenho de voltar à velha ideia de ter uma lista de hotéis com todos aqueles em que já ficamos, com uma classificação associada e que ajude a lembrar os bons sítios por onde passamos já que a minha memória é o caos!

No domingo passeámos pelo jardim do hotel, tiramos fotografias num baloiço incrível e almoçamos antes de vir embora num restaurante divinal, entre a Covilhã e a Torre. Descemos por Seia - fomos dizer olá aos cães e se atendesse a todos os pedidos tinha vindo algum connosco - e tivemos depois duas crianças a dormir as duas horas que nos separavam de casa. Por mais fins-de-semana assim!




Acorda para a vida, Chloe Brown

 Sou uma romântica, não há hipótese. Mesmo o mais básico dos clichés é uma companhia excelente para mim. E no fundo, embora os livros que me marquem verdadeiramente e que não esqueço sejam os pesadões, estes leves, calmos e fofos são viciantes, prendem-me imenso e é um prazer lê-los. Mesmo que não sejam grandes obras primas da literatura, será que isso é assim tão importante? Embora tenha esta convicção de que um grande livro pode ser grande porque está brilhantemente escrito ou porque a história é fascinante (ou ambos, claro), na verdade um livro não tem de ser fabuloso para gostarmos imenso dele. O que pode acontecer, e é o mais provável, é que nos iremos esquecer dele em pouco tempo. Ou ficará uma recordação de uma história querida mas os detalhes, vão-se. O que não acontece com os livrões. Mas isto não é um curso de línguas e literaturas, pelo que para o objetivo ler, ler, ler, está perfeito. E este, sendo romântico, apaixonado, fofinho, amoroso, foi em dois dias! 




E o livro? Ponto de situação

 Estou em dois projectos de escrita, a ritmos diferentes, o conto de Natal e o livro.

Para o conto, assinei um contrato com uma editora. Para o livro, estou a meio do curso de escrita avançada - mais atrasado como tal (e mais do que gostaria!).

O processo com a editora é 100% digital, o que é curioso, e neste momento já passou a primeira fase em que tive de completar uma série de elementos da história, como dedicatórias, agradecimentos, sinopses, imagem de contra capa, etc., que tive de submeter para validação, tendo avançado para a fase seguinte. A história vai ao editor para revisão, até termos o texto totalmente fechado; e depois disso, ilustração. Não estou bem a imaginar as personagens, pelo que muito curiosa com esta fase - e a contar os meses para o produto final. Eu que adoro receber encomendas em casa, receber uma caixa com o MEU livro, deve ser de chorar durante dias, de tanta emoção! Ainda assim, sendo um conto de natal, a publicação efectiva será mais no final do ano - e a janela de venda, mínima (mas isto nunca foi pelas vendas!). Ansiosa!!

Uma cidade por mês - Janeiro em Chaves

No natal as miúdas receberam um puzzle de Portugal, que montamos, e onde colamos posp-its nos sítios que já tínhamos visitado os quatro. Para perceber com grande pena que há centenas de cidades, vilas e aldeias que nunca fomos, não conhecemos e estão mesmo aqui ao lado. Por isso coloquei o plano em marcha: um fim-de-semana numa capital de distrito, ou cidade em geral, por mês - pelo menos enquanto o barrigão ou a bebé deixarem.
Janeiro começou com Chaves e começou muito bem.
Ficamos no Hotel Casino de Chaves, que é um sítio enorme, com piscina interior e exterior, relva, parque infantil.. e gostamos imenso.
No sábado saímos depois do pequeno almoço para passear pelo centro, junto ao rio, nas ruas, comer pastéis, claro! e andar a pé - programa ao qual as minhas filhas responderam com preguiça acentuada mas no fundo sei que ficam coisas boas. Almoçamos numa esplanada, um verão em pleno Janeiro, o nosso país não existe. E só regressamos mais ao final do dia, para sopas, descanso e piscina. Uma pausa maravilhosa, num país maravilhoso!



Os sete maridos de Evelyn Hugo

Fórmula não clássica da clássica história de amor, com nuances e twists, surpreendente em certa medida e uma excelente escolha para uma semana particularmente difícil, com covids, isolamentos e tralhas que tais. 

Já estava na lista de desejos há algum tempo mas veio no tempo certo, acompanhou-me imenso, ajudou-me em noites que não queria dormir e no final foi mesmo uma boa escolha. Não é um livro para lembrar para sempre, mas é um livro bom do momento em que foi. Por isso cumpriu a sua missão e foi uma escolha feliz. Venha o próximo!




O jogo do acaso

Aqui há umas noites atrás deitei-me às horas do costume sem conseguir dormir durante muito tempo. Andava às voltas, às voltas, na dúvida se me levantava, se ficava no quentinho.. até que um livro me salvou - acontece muitas vezes.

Na prateleira de baixo da minha mesa de cabeceira estava um livro que não me lembro de ter recebido, não me dizia nada, mas era o único por ler. Por isso foi o que li. Logo nessa noite só parei na página duzentos para pausa para dormir. As restantes 400 páginas, foram em dois tempos.

O livro acompanha a história de uma dúzia de personagens, que têm em comum o facto de estarem de alguma forma ligadas a um acidente na auto estrada que acontece na primeira página. Depois disso, é a evolução normal da vida, numa espécie de novela, que prende imenso, com avanços e recuos, voltas e voltinhas, amores e desamores. Sem nada de francamente surpreendente, nem tão pouco o fim, mas muito giro, óptimo de ler e uma excelente companhia.