Devia chamar-se "curso de leitura criativa"

Mas já se sabe que eu tenho mau feitio!

Venha a próxima aula!

Primeiro acto: Comprar um bilhete de comboio para as 07.40 horas;

Segundo acto: Ir apanhar o comboio às 07.50 horas (porquê ninguém sabe dizer);

Terceiro acto: Perder obviamente o dito do comboio.

Valem-nos os pais, é o que é..!

Estou absolutamente entusiasmada com esta coisa nova da escrita criativa, quase criança que regressa às aulas depois do Natal, cheia de novidades.

Só me falta mesmo a fase de comprar cadernos e canetas, que confesso já esteve mais longe, e serei oficialmente uma miúda outra vez.

Motiva-me essencialmente a curiosidade sobre o conteúdo. Haverá realmente algo a ensinar no que toca à escrita? Sendo absolutamente pessoal, exposto, despido - como andar sem roupa no meio da rua - não vejo bem à partida que mensagem podem transmitir. E o síndrome da folha em branco? Como se resolve? Será que sabem? Há receita para a (falta de) inspiração? Há um milhão de perguntas na minha cabeça e não vejo a hora de isto tudo começar.

Se bem me recordo, o curso de escrita criativa era uma resolução de 2013 (seria de 2012?) que por um ou outro motivo não se concretizou. Para 2014 tinha apenas resolvido que seria o melhor ano de sempre. E, sem que se adiante para já nada, a julgar pelos últimos desenvolvimentos, será com certeza. Este curso, é só mais um extra!

Mesmo com chuva e com o carro estacionado na garagem, decici vir a pé para o trabalho. Exactamente isso, eu tinha a opção e decidi percorrer a pé os 3 km. diários que me separam do trabalho. Portanto, isto de "fazer exercício" é um pequeno vício.

Como compensação, S. Pedro está a dar-me sol neste preciso de momento e logo à noite quando for embora, estará um lindo tempo de primavera. Vão ver!

As leituras por cá têm faltado. Não tão mau como aparenta, porque os meses contam com dois ou três Eças, o centenário que fugiu pela janela e desapareceu (maravilhoso!!) e creio que um ou dois Zambujais, mas fraquinho se pensarmos por exemplo em 2012.

Em todo o caso, iniciamos recentemente um livro que vale por uns três meses. Estamos mais do que perdoados, certo?

Anna Karenina - até fim de Maio, tenho para mim..!

Estamos no ninho um dia mais cedo para um fim-de-semana de Páscoa prolongado. Por aqui hoje é um dia a meio gás, com feriado para alguns e dia de trabalho absolutamente normal para a maioria.

Nove da manhã saltávamos da cama para aproveitar bem o dia, que eu esperava de sol e acabou por ser de outono / inverno. Mimos logo ao pequeno-almoço, com suminho acabado de espremer e bolinho de laranja saído do forno. Gostamos, sim senhora.

Passeio pela cidade para matar saudades e ligeira perdição nas compras. Comércio tradicional é das melhores coisinhas, benz'a Deus! Viemos com umas calçinhas fofinhas, um blusão de couro versão verão, uns sapatuntos e estamos de olho numas sandálias coral maravilhosas, que ficam para a ronda da tarde. 

Posto isto, temos negócio. Deixo o trabalho e vivo dos feriados. Siga!

Não é un pouco indiscreto, para não dizer pouco simpático, blé ou feio, que quando alguém vai à casa de banho do comboio, a luz por cima da porta de saída da carruagem se acenda?

Ou só eu que sou enjoadinha?

Há sinais externos que dizem claramente que estás há demasiados meses a trabalhar ou que, por outras palavras, precisas urgentemente de férias. Há gente que panica, se sente mal, tem ataque de stress.. e depois há os tolinhos como nós.

Sabemos que está na altura do P. tirar férias quando começa a ver ofertas de emprego e chega a casa todos os dias a dizer que vai mudar. Fatal como o destino. O sinal externo dele é querer urgentemente um trabalho novo. O bicho da mudança chega e ou vamos de férias ou estamos em vias de perder um grande emprego.

A título de curiosidade, dizer que na semana passada falamos duas vezes deste assunto. E só não se falou mais porque entretanto dom marido achou por bem atravessar novamente o atlântico e instalar-se em terras americanas all over again. Fim de curiosidade.

Já euzinha da silva, alerta de meses a mais nesta vida quando me começa a cheirar a praia em todo o lado. Hoje por exemplo cheira-me a México! Estamos em pleno meio da cidade, sem vestígios de mar e há ares de praia à minha volta. 

Admitindo que já não estou a sonhar com destinos paradísiacos do outro lado do mundo e que, apesar de tudo, a loucura ainda não terá tomado totalmente conta de mim, parece-me que está assim na altura certa de ir pregar para outras freguesias. De sol e mar, como está bom de ver.

Ao fim de nove anos a choramingar por um ovo kinder gigante, daqueles bonitos que se inundam as lojas por esta altura, o homem fofinho que só ele deixou-me um em cima da cómoda. Kinder ovo já cá canta e é Páscoa outra vez!