Uma boa história

 Emily Henry é um sábado à tarde no sofá a ver uma comédia romântica que nos deixa com um sorriso quando termina. E durante. Várias vezes. Acho que esta história em particular e ainda mal tinha saído e já a tinha lido (literalmente, dois dias). E gostei muito. Já há dois livros que não gostava tanto de um livro dos dela por isso foram umas boas 48 horas (e nunca sei bem o que ler depois de livros destes... mas amos tentar!)



Amanhã a esta hora

 Gostei muito. As coisas mais importantes da vida são muito evidentes, mesmo quando podemos andar para a frente e para trás no tempo, como uma espécie de super poder. Fez-me lembrar a Biblioteca da meia noite, de alguma forma, porque é também muito sobre escolhas.



Março

 Março é um mês bom porque faço anos. Este ano por acaso estive doente, dormi uma grande parte da tarde, estava a antibióticos e anti inflamatórios - mas nada de grave (mais tarde a médica viria a dizer-me que precisava de ser operada ao nariz mas isso fica para abril!)

Assim sendo,

Estivemos no Vidago Palace que é só maravilhoso. Lindo de morrer, quartos enormes, jardim privado, um espaço exterior incrível, piscina tão, tão boa, boa comida. Foi mesmo muito bom.

E quando saímos tínhamos um almoço de aniversário surpresa em casa dos pais, onde mais uma vez precisei de me deitar de tarde porque me faltou um dos medicamentos e fiquei ko again.

A escola pela qual optamos fechou (depois voltou a abrir, em abril, mas fechou e mudou tudo).

Tivemos fins-de-semana com jantares, almoços e jantares, tudo em 36 horas. Mas bons.

Foi dia do Pai

E Páscoa.

E no final do mês viajamos para a Irlanda, que é todo um outro post.

Fevereiro

 Voltei a Lisboa a trabalho, para ver espaços e para organizar um evento.

Continuo a adorar organizar eventos.

Saímos de casa um sábado à tarde para encontrar por acaso uma feira na Foz

Continuamos a ter reuniões em escolas

Fomos passar um fim-de-semana em amigos a uma casa com piscina interior maravilhosa!

Demos um saltinho à praia

E ao Zoo de Santo Inácio.

Acabamos o mês no sítio onde passamos o meu aniversário

Mas isso fira para Março!

Diu de dói

 Ocasionalmente a minha filha I. diz "eu di" quando queria dizer "eu dei". O português é mesmo difícil, nós percebemos.

Sendo igualmente difícil, acredito que Diu se podia chamar Dói e continuava a fazer sentido - não enquanto sigla, mas enquanto dor.

Quando era pequena, 11, 12 anos, estava na rua a caminho de casa e um jornaleco qualquer de terra andava a entrevistar pessoas sobre grandes desejos. Talvez o totoloto tivesse um grande prémio nessa semana. Os meus colegas diziam "ser rico". Eu disse que era casar e ter filhos. Podíamos pensar que quem nasce lagartixa não chega a jacaré (se calhar não chega). Ou então, e eu prefiro esta, estou focada deste pequenina no que realmente importa.

Seja qual for a versão oficial desta interpretação dos factos, ter filhos foi uma coisa que quis sempre. Já a manifestava aos 12 anos, mas ao longo da vida foi igual. Por aqui já devo ter falado cem vezes disso (lembro-me desta - quando ainda só tinha um: Já expressei publicamente por diversas vezes o meu desejo de ter quatro filhos. Pode não chegar a acontecer mas no futuro, quando for muito velhinha, poderei variar o meu discurso entre "ter tido exactamente os filhos que sempre quis" ou "se pudesse tinha tido mais x filhos (a saber, 1, 2 ou 3).")

Este post tem oito anos. Aconteceram imensas coisas em oito anos, nomeadamente, tive mais duas filhas. Continuo a querer ter quatro mas hoje sei que não vai acontecer.

No nosso quarto está uma frase que diz que o segredo de termos tudo é saber que já temos tudo. E é verdade. Acredito profundamente nela, é sobre gratidão, é uma forma de viver a vida. Eu estou imensamente grata. E gostava de não acrescentar aqui um "mas"... Mas.. a verdade é que queria muito ter quatro filhos. Adoro de amor as minhas três mas isso nem é argumento. Porque adorava de amor a primeira e tive outra; e adorava de amor as duas quando tivemos a terceira. Não é essa a questão. A questão é a vida que imaginas, o que idealizas, os sonhos que tens, os projectos que fazes, as visões que projectas, o futuro que imaginas, todas as imagens que te passam pela cabeça, o que queres mesmo. E eu queria mesmo ter quatro filhos. E sim, o Diu não é uma laqueação de trompas mas esse nem é o ponto. O ponto é que o Diu é só a manifestação prática da decisão que foi tomada de não ir além dos três. Por isso sim, dói e nem é físico e estou triste e tenho direito, mesmo que passe a seguir, mesmo que seja o racionalmente mais lógico, mesmo que não sei o quê. Não importa. Hoje não foi um dia bom.

Janeiro

 Isto posto (por "isto" entenda-se o post anterior), em Janeiro não se passou nada digno de enorme registo, salvo o facto de ter sido um mês de 479 dias.

Ainda assim...

A I. começou a usar óculos (e eu senti culpa de mãe por não me ter apercebido disto mais cedo)

Fomos ver o Aladdin no gelo (que de todos os gelos que vimos nos últimos anos, foi o mais giro)

Tivemos reuniões em escolas várias para a C.

Fizemos almoço de reis com amigos

Escolhemos coisas em casa da avó

Fui a Lisboa duas ou três vezes em trabalho

Fiz um workshop de kintsugi que foi muito giro

E foi isto? Má memória, eu disse!

Olá, Mundo

 Boite Zuleika tinha uma música muito má chamada precisamente Cão muito mau (a letra era terrível, embora se colasse bastante na nossa cabeça) e durante muito tempo uma amiga minha tinha como toque de telemóvel essa música mas na versão ao vivo; música essa que começava por,

"Olá Mundo, não é olá Lisboa, é olá Mundo, através da rdp, para todo o mundo, todo o mundo, aquela bola redonda"


Como é que ainda me lembro disto? É uma excelente pergunta. Na verdade já não sabia exactamente de cor, apenas uma ideia, e tive de ir procurar a um outro mundo, que era este blog em 2012 - aqui. Coisas giras que aconteciam.

E sim, é verdade que houve um tempo em que o blog respirava a bons pulmões, tinha vida e vitalidade, depois foi esmorecendo, perdendo a força, até se tornar num ser ligado às máquinas, sem qualquer esperança de retorno. Nem em própria acho que isso irá algum dia acontecer - mas dizem que a esperança é a última a morrer.

O que sempre mais gostei neste espaço é que sendo um diário da vida adulta, era muito útil enquanto recordatório de memória. Quantas vezes já não me lembrava bem quando tinha feito o quê; ou em que local; e vim cá ver. Era também uma excelente forma de rever em traços largos os anos. Olhando hoje parece que 2021, 2022, 2023 nem se quer aconteceram. Mesmo antes disso... e é pena porque a minha memória é péssima, troco as coisas, não me lembro de hotéis, restaurantes, festas, atividades, planos, projetos.. só dos livros, realmente, que é para o que serve hoje em dias, saber quantos e quais livros li.

Eis portanto tudo o que perdi, a possibilidade de me lembrar de tudo o que fizemos nos últimos anos. A última viagem que aqui está foi à Disney e depois disso já estivemos em Madrid, na Suíça, na Irlanda e em vários sítios de Portugal (gostava de me lembrar de todos de cabeça).

No início de 2024 convenci-me de que voltaria a um registo mais frequente, uma vez por mês, estilo resumo, mas às tantas o ano já leva quatro meses e nada de registos. Shame on me. Com a agravante ainda de não praticar essa bela atividade que é escrever, e que eu amo! Nem se quer sei se falamos aqui de um livro que eu publiquei em 2023? Pouco provável - mas aconteceu! E o outro, que estava / está a ser escrito, acaba altamente influenciado por esta falta de prática. Continuo a achar que é tudo uma falta de organização e não de tempo (ainda que o meu não sobre) e que por isso conseguia fazer tudo o que quisesse. Mas ainda não me organizei o suficiente. Vamos ter fé de que vai acontecer? Afinal, a esperança... vocês sabem!

O livro partilhado

 O que dizer sobre isto?

É um Os sete maridos de Evelyn Hugo mas em bastante pior. Mas a premissa é tão a mesma, a história tão a mesma mas os detalhes tão abaixo, que fiquei bastante desiludida, confesso.



Escritores & Amores

 Algures na crítica diz-se que toda a gente que quer ser escritor devia ler este livro; não tenho a certeza se é bem assim, mas li-o bem, é interessante, reflete o sofrimento do escritor, tem humor à mistura. Não foi para já o preferido ao ano mas é um bom livro, que curiosamente estava para ler há meses e só calhou agora. Tenho sempre gosto em livros sobre escritores e este foi um bom exemplar.



Vemo-nos em Agosto

Ora aqui está um abraço apertado, curtinho, que começou, foi bom e já passou. Meia dúzia de páginas maravilhosas, em obra póstuma, que devorei num dia.