Tenho dois calções e um objectivo

Ainda o ginásio.
Preparo a mochila do ginásio na véspera do treino, de resto como a "roupa de vestir" e às vezes dá-se o caso de experimentar o que vou usar no dia seguinte. Para ver se combina ou só porque sim.

Foi num nestes dias que experimentei e arrumei de volta na gaveta, dois pares de calções. Giros, giros mas que me ficam mal, mal.

Sinto-me muitas vezes desconfortável com a roupa que visto. Não é um lamento mas a constatação de um facto. Os calções foram só mais um exemplo, ainda que exponenciado porque me senti ali a roçar o ridícula. Optei por calças nesse dia e nos dias a seguir. Vou optar sempre por calças enquanto me sentir assim.

Mas, e aqui está o objectivo, um dia vou sentir-me bem com os calções. Talvez "bem" seja demasiado forte e não chegue a acontecer, mas pelo menos conforfável, pelo menos não envergonhada.

Com esta idade já percebi que nunca me vou sentir maravilhosa comigo. Se pelo menos não tiver vergonha de usar uns calções para treinar, já vou ter uma vitória.

Posto isto, vou treinar por mim e pelos calções. E que não me chame Cisca se um dia esse treino não vai ser feito justamente nestes calções!

Ah e tal trabalho tanto

O meu homem está em Las Vegas. 
Isso mesmo.
Ah e tal que trabalho tanto e estou tão longe, coitadinho, desgracadinho.

Not!

Las Vegas uma semana, o filho da mãe. E eu aqui a vergar a mola.
Bem sei que foi a trabalho. Mas vamos ser honestos, ninguém trabalha realmente em Las Vegas pois não? As pessoas vão lá apostar tudo no vermelho e malhar uns copos. End of story.

Por isso, tenho direito de revolta sim senhor.
Em vez de me estar a aquecer os pés nas noites frias de Outono, está a curtir à grande e nem se quer, nem se quer!, vamos aproveitar para casar com o padre Elvis. 

Zero pontos para ele. O homem, não o Elvis, paz à sua alma.

Fazer do desporto uma parte da vida

Dia 1 de Outubro estava no ginásio, como uma menina bonita, para cumprir a minha promessa. Nesse dia decidi-me pelas duas vezes por semana, que em boas semanas podem ser três, assim assuma o exercício a qualidade de vício bom.

Mas depois o P. chegou no dia 3, a C. passou duas semanas doentinha e nunca mais lá fui. Não queria bem que isto soasse a desculpa, mas não consegui mesmo ir, nem me lembrei, confesso.

Graças a Deus a pequenina está quase a 100%, já não tem antibiótico às oito da manhã e por isso lá fui.

Foi fácil encaixar o exercício numa slot do dia. Mais fácil do que esperava. Perdeu no entanto contra o sono - implica dormir menos cinquenta minutos. Mas compensa. São trinta de exercício e vinte de banhos + chegar ao trabalho. Portanto, completamente deitado por terra o argumento que tinha há uns tempos atrás quando dizia que não havia espaço no meu dia. Fica a nota - há sempre espaço e há sempre tempo.

Volto a ginásio e vou a pensar no caminho que isto não me custa nada, é um gosto até. A perspectiva de perder algum peso, de tonificar o tanto que tenho para ser tonificado, é um desafio. Não estou contrariada e não há absolutamente razào alguma para não fazer isto mais vezes. Só a minha própria preguiça (e às vezes o sono).

Estou empenhada, dedicada e quero mesmo isto. E oxalá me possa lembrar destas palavras pelo menos duas vezes na próxima semana, para fazer do ginásio uma parte da vida.

O meu homem vai-nos levar a passear



A minha filha fez um ano e desde esse dia dormi duas vezes fora de casa.

A primeira, tinha ela pouco mais de uma semana, para levar o P. ao aeroporto, quando foi trabalhar para os Estados Unidos. Foi uma exigência da vida, que não nos deu gozo nenhum.
A segunda, com dez meses, para um aniversário longe, que honestamente também não valeu a pena.

Já podíamos ter feito isto há mais tempo mas agora é que vai ser - vamos os dois em fim-de-semana de namoro!

Desconsiderando agora o deixar a piolha duas noites - duas!! - sem a rica mãezinha dela, estou assim em pulgas! Vamos não sei para onde, o homem não disse, mas algures em meados de Novembro. Implica voo de cerca de três horas e deverá estar frio, é o que sei. Excitex máximo!

(E proibido pensar na pequenina e nas saudades e na falta que me vai fazer! Ai!).


Sim, ainda cá estou

Para muitos foi a maratona de Lisboa que os afastou dos blogues. A mim nem se quer o ginásio, mas quisera eu dizer que não escrevo porque uso o tempo a correr. 

Também não foi bem o facto de o P. ter estado em casa. Verdade que nessas alturas sou cem por cento famíllia mas cabe ainda a escrita.

Acho que aconteceu um bocadinho de várias coisas e nisto há quinze dias que não ponho aqui os pés.

Mas o P. chegou num sábado. Fomos a eleições no domingo. Pediatra na segunda. E na terça a C. começou a ficar constipada. E o que era um nariz entupido evoluiu para febre, de vários dias, com três idas ao hoapital  nessa semana e uma otite no domingo seguinte.

E pelo meio, exactamente pelo meio, a minha pequenina fez um ano. E o tempo que temos e é tão pouco parece ainda menor. Como é que já passou um ano? Temos mesmo de falar sobre isto.

Setembro, andando e comendo

O P. voltou aos Estados Unidos, desta vez por cinco semanas. Estive um dia em teletrabalho, quis o destino que fosse no mesmo em que saiu a alteração ao código do trabalho que permite este regime aos pais de filhos menores de três anos. A nossa casa virou Pensão Estrela. Organizamos a festa da C. A nossa filha fez onze meses. Recebemos, até Janeiro, uma nova hóspede cá em casa. Jantei sushi com uma amiga e voltamos mais tarde para almoçar. O D. nasceu e eu acreditei em milagres, logo depois de ter passado duas manhãs a chorar por causa dele. Inscrevi-me no ginásio. Voltei ao Frutalmeidas. Fez quase sempre sol. Passei um fim-de-semana sozinha com a minha filha e desejei passar mais. Tirei 179 fotografias e cumpri o projecto das fotos. Faltaram três meses para o Natal e depois um bocadinho meses. E a parte importante, é que no último dia, só faltavam três para o P. chegar.