Vou começar por dizer que me deixa imensamente orgulhosa a enorme afluência de público que a exposição da Joana Vasconcelos, no Palácio da Ajuda desde Março até hoje, teve. Imensos visitantes e filas quase diárias. Quanto a estas, nem tão feliz assim, claro está, mas um mal necessário. Ponto positivo: a espera é toda ela à sombra e hoje havia um quarteto de cordas a tornar o percurso mais fácil. Funcionários do museu, uma simpatia quase todos e o Palácio em si, que não conhecíamos, vários pontos positivos. Foi também a desculpa perfeita para passear na Ajuda, almoçar num açoriano, descer até Belém e passar a tarde numa explanada sobre o rio, debaixo de um sol maravilhoso. Isto tudo porque, chegados ontem ao meio-dia à exposição, a horas impróprias verdade seja dita, batemos de frente com mais horas de espera do que aquelas de que dispúnhamos, já que levamos em companhia amigos de passagem por Lisboa, destino a Berlim. Acabámos por isso por seguir rua fora, turistas de verdade. 

Foi preciso esperar pela manhã do dia de hoje para, chegados às dez de la matina, entrar finalmente.

O que dizer?

Gostei imenso da exposição. Está lindamente integrada nos aposentos reais e aquele choque clássico - what is this? resulta muito bem. O primeiro piso da visita inclui essencialmente peças de pequeno / médio porte e o andar superior tem os gigantes adamastores. Apaixonei-me duas ou três vezes e era menina para trazer algumas coisas para casa. Por exemplo:

O "regresso às aulas", sem cadernos e canetas, livros com cheiro a novo, mochila a cheirar a escola, foi mais atribulado que Setembro pela primeira vez. Em vésperas recebi um telefonema que não mudando nada, tinha o potencial necessário para o fazer. A dúvida foi entre a partilha aberta e aquilo que me pareceu uma mentira, mesmo sabendo racionalmente que não era. Fui na primeira opção. As pessoas são como são e eu definitivamente sou como sou. Hoje já posso afirmar que esta forma de ser acabou por se revelar uma boa surpresa, numa conversa que me soou franca e à vontade. Talvez eu esteja enganada. Ou talvez o mais importante seja o nosso lado verdadeiro. Porque afinal, os princípios dizem tudo.

Nem só de praia, sol e mar vive o Verão. E nem só de boa vida me faço acompanhar. Há todo um modo "hidratação precisa-se" que levo para todo o lado, gentilmente acompanhado de:

Vamos buscar a mala que não é aceite nos voos da Europa e fazemos uma coisa do tamanho que desejamos as férias, no fundo talvez para fazer de conta que não são tão pequenas assim. Enchêmo-la de vestidos, calções e saias, de protectores solares, livros e modo praia e estamos prontos para o que aí vem, a nossa terra praia do coração e o coração cheio outra vez.