Uma nova vida no projecto das fotografias

Ainda preciso de fazer totalmente as pazes com a ideia, mas o projecto de fotografia as we know it chegou ao fim. Dito desta forma parece triste e deprimente e o fim de uma era; mas por outro lado vai dar origem a um outro pelo que a fotografia não morre.

Como já aqui disse um milhão e trezentas mil vezes, o projecto fotografia do mês consiste em tirar todas as fotografias que se quiser durante um determinado mês; organizar tudo no último dia; selecionar as preferidas; imprimir; e colar no álbum. Está associado a um mês porque começou quando a C. nasceu, em que fazíamos a "foto do mês" com um quadro das conquistas, peso e altura e que resultou numa moldura com doze fotografias maravilhosas. Depois do primeiro ano continuei sempre a guardar e arquivar as fotografias dela por mês - até aos três anos. Desde os três tento que o arquivo não passe muito além dos três meses, caso contrário fica um caos esta organização. Por isso a C. tem até aos três anos fotografias arquivadas por mês e ano (todas nos respectivos álbuns) e a partir dos três fotos arquivadas por trimestre e ano. A I., que tem quase dois, teve até esta altura todas as fotografias guardadas e arquivadas por mês e ano mas o processo tem sido mais difícil. Não por ela ser a segunda filha (que eu sei que em algumas coisas facilitamos), mas porque toda a ideia das fotografias do mês era ter imagens delas, a fazer as coisas delas, individualmente consideradas no mundo como os seres maravilhosos que são; e com a I. isso é muito difícil porque geralmente a C. está em todas as fotos- Portanto aquilo que é o álbum da I., é na verdade o album da I. e da C. Esta constatação fez-me perceber que não vale a pena continuar a arrumar fotografias em pastas que se chamam pelos nomes delas, porque o que temos agora 95% do tempo são na verdade, não fotos da C. ou da I., mas fotos de família. E por isso, vou acabar aqui com os álbuns delas e inaugurar oficialmente, a 1 de Janeiro de 2020, o álbum da família. 

O senão desta decisão é que olhando para a colecção, tenho 3 álbuns chamados C. (Outubro 2014 a Outubro 2015; Outubro 2015 a Outubro 2016; Outubro 2016 a Dezembro 2017) e tenho dois chamados I. (Dezembro 2017 a Dezembro 2018 e Dezembro 2018 a Dezembro 2019). E isto não mata mas moí aqui qualquer coisinha. Sendo no entanto realista, não faz sentido fazer um terceiro álbum I. a fazer de conta que é dela, quando o que temos é todo um conjunto de fotografias de família. 

Para suportar em grande esta nova etapa das fotos, comprei um álbum de 500 fotografias, que certamente servirá Janeiro 2020 a Dezembro 2021 (o que foi também bom porque a Tuc Tuc - marca de todos os outros - já não tem nova coleção e eu já os tenho a todos).

Três testamentos por isso para justificar a minha decisão de dar menos um álbum à minha filha mais nova do que à mais velha - com o apoio do pai que lembrou que no tempo da C., era só ela. E agora somos um pack de quatro. Está tudo bem!


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