Os esquecidos de domingo

 E fechamos o ano com chave de ouro, ou não fosse Valérie Perrin incrívelmente talentosa. Não é A vida breve das flores, que me encheu o coração, mas é melhor do que o Três e é um livro lindo, doce, maravilhoso. Excelente forma de fechar o ano - que podia ter sido mais rico em livros, mas tivemos grandes coisas. Vamos falar dos favoritos em breve!



Carta aberta. À minha filha que faz 6 anos

 I.,

Esta é uma altura do ano engraçada para fazer anos. Há tanta festividade e das importantes, nem se quer é um carnaval ou assim; é mesmo o natal, que pode muito bem ser a maior festa do ano. Ainda assim, arranjas maneira de destacar o teu aniversário. Andas dias a dizer que faltam 4, 3 2 dias para os teus anos. E de alguma forma, o 25 de dezembro é mesmo muito sobre ti. Nesta altura ainda achas maravilhoso fazer anos neste dia, em parte porque recebes 427 prendas e isso é incrível! Espero que seja sempre!

Entraste este ano para o primeiro ano, coisa que durante algum tempo achamos que poderia vir só a ocorrer em 2024 mas ainda bem que foi assim. Estás super contente com a escola e a tua professora diz que és muito organizada, cuidadosa, trabalhadora e tens sempre tudo muito direitinho na tua secretária. Ainda mais importante, que és a primeira a ajudar os amigos, que se algum pede um lápis, tu dás logo o teu. Nem imaginas como isso nos deixa felizes, saber que estamos a criar uma pessoa em condições! A tua professora, que tu adoras, também diz que te portas super bem, almoças sentada no teu lugar e cumpres as regras da sala. Depois, sais da escola e há toda uma transformação em Super Nekis e nunca aconteceu fazeres uma refeição em casa em que estejas sentadas do princípio ao fim (só se for massa...), és totalmente roda no ar, eu tenho de te chamar 200 vezes para banho, vestir, jantar, dormir.. e há por vezes umas birras na tua vida. Mas ainda bem que distingues os sítios para as fazer e sabes onde é suposto portar bem e soltar a franga (salvo seja).

Tens muita, muita piada. Dizes as coisas mais incríveis aos 6 anos e és mesmo gira que dói. As pessoas param na rua para te dizer que tens o cabelo maravilhoso - ainda que tu não adores - e nós estamos sempre a pensar o quão tramados estamos quando fores adolescente. Ainda há dias tivemos a festa de natal da escola, com a tua atuação de dança na primeira fila e Deus nos ajude! Claro que agora tu não achas nada disso, não gostas do teu cabelo, querias que fosse liso, estás sempre a pedir para esticar. Mas vais ganhar juízo, vais ver.

A tua coisa preferida no mundo é a televisão e a switch, talvez em igual medida. Se te deixasse, estavas 12 horas por dia com um écran à frente, é mesmo inacreditável. Ainda assim, de segunda a quinta não há televisões nem consolas nem computadores a funcionar cá em casa, o que ajuda a regular o vício! Se não estiveres a ver televisão ou a jogar, estás a fazer o pino no sofá (muitas vezes, as duas coisas em simultâneo) e brincas se brincarem contigo. Gostas de ir à natação e à ginástica e adoras as aulas de dança. 

Não comes nada de jeito, és muito pisco a comer mas vamos dar-te uma camisola com a frase que mais dizes: "Posso comer qualquer coisa?". És a petiscadora de serviço, uma maça, uma bolacha, um leite de pacote, uma banana.. qualquer coisa. E massa. Que seja massa todos os dias e está perfeito. 

Tens tanto de maluca como de querida e meiguinha. E estás sempre a mostrar ou a dizer que gostas de nós. Adoras as manas, estás sempre a agarrar a L., que se defende mas que é a tua fã número um, maior babada do mundo com a Nê (que foi dos primeiros nomes que aprendeu a dizer). 

Ainda me custa a acreditar que tens 6 anos, na minha cabeça tens 3, ou pelo menos acho impossível que tenha passado mais do que isso. 6 é mesmo grande! Não tarda estás na faculdade de design de moda - que é o que dizes que vais ser, desenhar roupas. Eu acho que vais ser o que quiseres porque és determinada, focada e teimosa - tudo características que quando te mando tomar banho e não vais, me põem cabelos em pé mas que te serão imensamente úteis vida fora. Temos imenso orgulho em ti e vais ser sempre a nossa Nekis. Gosto de ti! Parabéns a nós! 


Tudo é rio

 Outubro e novembro foram meses de deserto no que à leitura diz respeito. Vinha com imenso gás do verão e empanquei completamente, primeiro com Afonso Cruz, depois com a Pineaple Street e a coisa simplesmente não se deu. Mas depois aconteceu isto. É absolutamente incrível quando acontece um livro assim. Já tinha tido a sorte do Rafel Galo mais no início do ano. E agora vem Carla Madeira e isto é tudo dela. Que obra prima incrível! Que LIVRO! Obrigada vida por saber ler!



A casa de Pineapple Street

 Uma história sobre ser rico e como é tão chato ser rico e ter problemas de rico e só se dar com ricos. Não foi bem a minha cena. É pena..!



O Pintor debaixo do lava loiças

 Fui dormir com o Afonso Cruz todas as noites durante mais de 15 dias. Embora tenha adorado as frases, a escrita, não sei se foi o ritmo, se a forma, adormecia-me todos, todos os dias. Por isso demorou séculos a ser acabado. Mas estou contente por finalmente ter estreado este autor (embora não tenha sido assim uma leitura que me fascinou por aí além..)



Carta aberta. À minha filha que faz 9 anos

 C.,

Estou constantemente a achar que o tempo passa demasiado depressa e fazeres 9 anos hoje dá-me mais uma vez a prova de que é verdade. Principalmente porque nos lembramos tão perfeitamente do dia em que nasceste, que foi quase há uma década, mas é tão presente como se tivesse sido ontem. Mudou tanta coisa deste então. A nossa família está o triplo em crianças, mudámos de cidade, de casa..

Também estás a mudar. Antevejo uma pré-adolescência com tudo o que isso tem de bom e de menos simpático. Já tens momentos de nos revirares os olhos, de nos dizeres "poupa-me..." e de revoltares profundamente em modo zangada. Isto é tudo novo para nós.

Mas por outro lado, continuas a ser imensamente sensível, no que sentes, no que escreves, como te comportas. Tens uma preocupação enorme com os outros, às vezes à frente de ti própria, és querida, preocupada, atenta, amorosa. Isso está tudo igual.

Fazes ginástica, rodas, pinos, cambalhotas. Adoras mar e piscina, desenhas, escreves. Fizeste um cartão ao pai nos anos dele que nos surpreendeu a todos. As tuas composições na escola são incríveis. És uma excelente aluna. Já falas bem inglês. Preferes letras a números (tal e qual a sua mãe...!). Gostas muito de ler (neste momento, banda desenhada principalmente). E claro, continua a paixão da televisão, ainda que mais moderada. Dizes que quando fores grande queres ser cozinheira (ou professora, ou pintora às vezes) mas na verdade ainda nem decidimos a próxima escola. Lá iremos - mas tu pedes o Clara quase todos os dias.

Detestas andar de carro mas adoras avião e podíamos estar sempre a viajar. 

Não pediste prenda este ano mas pediste um voo para irmos ver o tio Diogo à Irlanda. E andas a sonhar com o Japão. 

Quando vamos às compras queres roupa e calçado. Já não há bonecos nas tuas camisolas, só tops curtos! És super confiante, adoras experimentar roupa e estás manifestamente a ficar uma vaidosa! Venha a Zara em vez do Toy's'r'us. Fruto da idade, nós percebemos. 

Gostas de "passar tempo com a  família" e o natal "não é sobre prendas, mas estarmos juntos". É o tamanho do teu coração. És a mais querida com as manas, super protetora da I. (ai de quem lhe faça alguma coisa!) e uma mini-mãe da L., que dizes que é a bebé mais fofa e inteligente do mundo!

Sou tua fã incondicional. Mesmo quando te zangas toda comigo, até quando me viras os olhos. Porque na verdade eu sei que és a minha C. para sempre. Gosto de ti! Parabéns a nós

Leme

 Vim parar ao Leme (que se chama leme, mas quando olho para a capa, não sei porquê, leio sempre lê-me..) por mero acaso.. tinha apenas a referência de que tratava violência doméstica e que era um livro curtinho por isso decidi experimentar.

Mas foi uma desilusão. enquanto leitura, sem prejuízo de todo o mérito da narrativa. Não é bem uma história, é um desabafo de alguém que viveu na primeira pessoa tudo aquilo. Confesso que não adorei (mas toda a minha solidariedade para a autora...!)



Pessoas que conhecemos nas férias

 Emily Henry, nunca desilude; neste em particular agradou até imenso. Acho que entra para meu segundo favorito, mas quase ao mesmo nível do romance de verão. Uma autora absolutamente brilhante em diálogo - mas quem sabe eu não digo isto porque sou péssima em diálogos e fascina-me quem escreva conversas que façam sentido e sejam aliás coisas que uma pessoa diria realmente. O único problema deste livro foi que não dormi duas noites para o acabar, mas há males que vêm por bem! 



O segredo do meu marido

 Moriarty não desilude e é incrível na arte das relações humanas e dos seus complexos meandros. Tinha gostado imenso do Quem sai aos seus mas este ainda foi um twist maior. Uau! 



Uma educação

Noutras vidas, tive uma vez um julgamento do Ministério Público contra uns pais que proibiam a filha de 12 anos de ir à escola. Proibiam simplesmente, embora ela até quisesse. Aquela história acompanhou-me durante muito tempo, por ser absolutamente incrível para mim que alguém tivesse uma visão tão imensamente oposta ao que é mais comum. Este livro lembrou-me disso e é essa sensação da primeira à última página. Li-o na sequência de uma recomendação chamada "leia menos: menos tops, menos famosos, menos conhecidos" - e foi uma leitura incrível!



Mrs. March

Foi livro de Agosto do bookgang e embora não ache propriamente um livro de verão, foi uma excelente leitura. É uma espiral de loucura e caos e o fim.. uau!



Limpa

Li em dois dias, nem dei conta. Sentei-me a ouvir falar a Estela, ela falou, falou, contou a história e no fim calou-se, assim, acabou o livro. Muito bom - e já o tinha há imenso tempo, nem sei porque me demorou tanto.



O Sétimo Véu

 A pessoa lê vários livros. Lê livros bons, livros óptimos, livros maravilhosos, fascinantes, incríveis, inesquecíveis.. Mas depois lê O Sétimo Véu e parece que nunca leu nada bom na vida. Terceiro livro da Rosa Lobato de Faria este ano e terceira vez arrebatada pela escrita, pela história (este ainda mais do que os outros dois). Amei de amor.



A História de Roma

Achei que seria Roma, cidade, mas é Roma, Pessoa e aqui reside a maravilhosa diferença desta história. Li num sopro e adorei cada palavra. Uau!



As Mães

As Mães veio bem recomendado mas não me arrebatou. Fiquei sempre à espera de mais, embora a história seja muito forte e muito intensa sobre as nossas decisões de adolescência que pesam o resto da vida. Ainda assim, não foi aquela coisa que estava à espera. Venha por isso o próximo!



Odeio-te e amo-te

 jh

Não deixa de ser uma passagem curiosa vir do Dor Fantasma para aqui, quase como quando o dj põe a música do pingo doce no fim da noite. Mas são desígnios da vida! Andava a vaguear pela lista de livros do kobo e bati os olhos neste (a preto e branco, note-se) e pronto, sabe sempre bem um romance comédia amorosa nesta altura do ano. Por isso marchou em dois dias, um dos quais era uma e meia da manhã quando o fechei. E é um fofinho de verão, pronto.



Dor fantasma

 De vez em quando, é raro mas acontece, de vez em quando temos a sorte imensa de nos cruzarmos com uma obra prima. 



Alegrias e tristezas de Martha Friel

 Adoro quando isto acontece, quando encontro um livro por acaso e, também por acaso, o decido ler. Sem recomendações, sem referências, sem contexto. Só porque sim, porque me pareceu bem. Adorei a Martha e o livro e a história e a forma como retrata questões de saúde mental, a dor, o aperto mas não deixando de ser leve e divertido e.. olhem, adorei!



Indomável

 Here's something new!

Eis um estilo que não leio habitualmente, meio em crónica e autobiográfico. Li porque me recomendaram mas sem saber nada sobre o texto. E em algumas partes foi aborrecido mas noutros pontos é super interessante. A escrita é fluída, rápida e leu-se bem - ainda que em conjunto com outro, mais história. Mas tem bons pontos e gostar muito ou não depende em grande medida da altura da vida em que estamos.



As coisas que faltam

Fico um bocadinho triste quando leio livros de que não gosto.. uma espécie de uma frustração literária. Aconteceu-me com este. Estive sempre à espera que acontecesse alguma coisa, um twist, um "ahh é isto!" mas não.. começa e acaba e não sabemos bem onde está o fator uau. Se calhar não está. 



Uma lista de 2015

 Em Março de 2015 fiz uma espécie de bucketlist - recordar aqui.

Depois disso fiz alguns traços em cima de alguns objetivos, coisas que fui fazendo. Na versão mais recente, ainda assim de 2016, o ponto de situação era o seguinte:

Escrever um livro
Voltar a Nova Iorque
Comprar uma casa
Plantar uma árvore
Ir ao Rio de Janeiro
Voltar a correr
Passar um sábado em Paris
Trabalhar em turismo
Colaborar com uma revista
Voltar à Eurodisney
Visitar a livraria Lello
Fazer voluntariado


O que fiz eu em 7 anos?

Escrevi um livro

Comprei uma casa

Plantei uma árvore

Voltei à Disney


Portanto, não fiz:

Não fui ao Rio de Janeiro (mas ainda quero!)

Não voltei a correr (mas tenho pena)

Não passei um sábado em Paris (mas havemos de passar)

Não trabalho nem trabalhei em turismo (mas acho que já não me apetece...)

Não colaboro nem colaborei com uma revista (talvez ainda fosse giro, sim)

Não faço voluntariado em regime frequente (mas quero muito)


Tudo somado o saldo não é mau.

E em junho de 2023, a lista atualizada:


Escrever um livro

Voltar a Nova Iorque

Comprar uma casa

Plantar uma árvore

Ir ao Rio de Janeiro

Voltar a correr

Passar um sábado em Paris

Colaborar com uma revista

Voltar à Eurodisney
Visitar a livraria Lello

Fazer voluntariado


Da Páscoa ao Verão, é um saltinho, não é um saltão

 Sabedoria popular (acabada de inventar) para vos dizer que estamos em plena fase de marcar férias de Verão e que, como tal, nada como lembrar as férias da Páscoa, que foram há dias mas parece que já lã vão anos e anos (em rigor, foram dois meses...).

Malas e bagagens (mas poucas) e cinco horas (e muitas) de viagem de carro e eis-nos no Algarve, Salgados Palm Village, em modo pulseira e descanso.

Quando chegarmos, fizeram-nos a enorme simpatia de nos passarem do T1 que tínhamos marcado, para um T2, o que foi super querido e nos deu imenso jeito. Ficamos num apartamento com sala, dois quartos e dois wc e uma varanda gigante - que não usamos porque era virada para o parque de estacionamento e fazia imenso vento - mas era óptima!

Optamos por ir com tudo incluído, para não pensar em logísticas alimentares e o hotel disponibiliza três restaurantes, com esta coisa absolutamente fabulosa e que nunca tinha visto: baby food station. Ou seja, espaço onde tem comida para bebé, sem sal: sopa com carne, sopa com peixe, massa cozida, arroz. Tudo muito clean para bebés que começam a comer - o caso da nossa, que estava precisamente nessa fase. Quão prático é isto? Mil pontos por este serviço! De resto, a comida das pessoas que comem normalmente era também muito boa. Não havia muita confusão, acesso fácil, poucas filas (só mais ali no fim-de-semana é que se sentiu mais qualquer coisa no movimento).

Depois, há imensa animação para as crianças: um kid club, parque infantil, atividades várias, como escorrega e insuflável na piscina, sessão de cinema, jogos, atividades. Houve uma exposição de repteis no último dia, caricaturas, tererés, barraquinha de pulseiras, quizz família... enfim, imensas, imensas opções! As miúdas estavam delirantes com tudo.

Adoramos também as piscinas, mas a água era fria, infelizmente (não para a C., claro), com várias alturas, para grandes e mais pequenos (a bebé tocou com o pé na água e fugiu...). 

Além disso, fomos uma tarde ao zoomarine, que foi dos pontos mais altos. Atuação dos golfinhos, roda gigante e piscina de ondas é igual a delírio total! Até para nós. 

Gostamos imenso, realmente nada chega ao sol, calor e água! Só falar disto já me deu incentivo extra a marcar as férias do verão..:! Vamos lá?







Vogue Café Porto

 Fomos a dos sítios com mais pinta do Porto. Claro que não os conheço a todos mas este posso garantir. Primeiro, o sítio: Baixa, coração. Apesar de estar tudo em obras, o ambiente é de capital europeia, com imensa vida (e muitos turistas, também; raro é ouvir português).  Acho que nunca conseguiria viver ali mas visitar é quase ir de férias.

Depois, o espaço. O Vogue Café é maravilhoso, vintage, clássico, de enorme bom gosto. Tem duas salas amplas e um terraço exterior, cheio de sol. O brunch é servido em buffet, com imensas opções e alguns volantes que nos vão deixando - modelo que também vimos No Mundo de Luísa, também na Baixa, um bocadinho abaixo. 

As pessoas que estavam a servir tinham bastante dificuldade em perceber português mas, detalhes à parte, funcionou tudo bem: comida muito boa, sobremesas óptimas, excelente ambiente. Gostamos muito! Venham daí mais brunches!






Modo pausa no Douro

Há qualquer coisa na mistura do azul e do verde, do rio e das plantas, que faz do Douro um sítio maravilhoso. Fomos em casal já várias vezes para diferentes hoteis e este ano em modo família alargada, para um fim-de-semana de pausa. Estar lá é como nas fotografias: uma calma, um silêncio... Ficaríamos fácil mais meia dúzia de dias mas foi uma escapadinha de duas noites.

O bungallow não era assim fabuloso, fabuloso; no primeiro dia cheirava até bastante mal e tivemos de pedir apoio técnico - que resolveu o problema - mas o espaço exterior, as piscinas, o restaurante.. tudo óptimo, gostamos muito! Foi a segunda pausa do ano (a primeira tinha sido na Páscoa, lá iremos!) e que bem que faz...! A marcar a próxima ida em breve!






Todos os amanhãs

 Acho que este livro foi das coisas mais duras que li nos últimos tempos. A dor da Amande é tão palpável, tão forte.. que tragédia, meu Deus! A páginas tantas tinha de ir fazendo pausas, muito, muito difícil. O P. até me perguntava mas porque é que eu lia essas coisas.. e nem sei bem a resposta.. quer dizer, é um livraço, mas doeu muito, do princípio ao fim.. nunca deixou de doer.



Foram tempos

Andei a explorar o blog, desde o início, à procura de um post que não encontrava de outra forma mas sabia que tinha escrito e, às tantas, já perdida em tanto texto, percebo que este diário da vida adulta se converteu num diário literário. E que é uma pena. Há mil coisas de que já não me lembro, que aconteceram de 2012 a 2016 / 17.. e é compreensível porque em 2012 estava a deixar o meu trabalho e a mudar para outro, por isso houve ali alguns meses que tinha mais tempo, apesar dos preparativos para o casamento que aconteceu esse ano. Depois em 2013 e grande parte de 2014 não tinha crianças e havia TANTO tempo na minha vida, se eu soubesse...!  De 2014 a 2017 fui fazendo cada vez menos posts, mas tendo cada vez mais coisas, nomeadamente filhas. E os últimos então, o deserto da escrita no blog.

É uma pena porque me esqueço do que faço com muita frequência e já não consigo recuperar. Por exemplo, deixei de ver televisão para conseguir ler; mas não sei o que posso cortar para conseguir escrever.. de resto, este é O grande reflexo de ter três crianças e um trabalho a tempo inteiro (sem empregada a tempo inteiro): a planificação das coisas faz-se em cima do joelho.. não consigo antecipar nada porque estou a tratar de mil outras coisas. Era preciso uma assistente a tempo inteiro para gerir esta família, sendo que eu própria gostava de ser essa assistente, se não adorasse o meu trabalho. A conclusão é que me deveria ter mantido no trabalho que detestava para ser menos difícil despedir-me e dedicar-me 100% à família, casa, agenda. Agora, gostando muito do que faço, tornou-me ainda mais difícil esse passo. Mas é possível que chegue uma altura em que as coisas todas não sejam compatíveis porque efetivamente:

- planeava uma festa de outubro, em agosto; agora planeio uma festa dia 10, no dia 8 imediatamente anterior;

- comprava uma prenda para um evento 1 mês antes; na véspera geralmente ainda não tenho prenda;

- havia muita coisa que sabia de cabeça; se não escrever em quatro sítios, é certo que me esqueço.

Tudo isto vezes três filhas, vezes uma casa, vezes eu própria, o P.. quando é que escrevo? Fácil, nunca. Tanto aqui como no resto, aliás. Incluindo o meu santo livro, que avançou 150 páginas na pandemia e agora.. ganhou teias de aranha!

Pelo caminho, no entanto, publiquei um outro livro. Tenho mesmo de falar disso.. quando? um destes dias!

Gungle, as regras do tio

 Estava disponível no kobo plus e a ideia foi pegar numa coisa leve e fofa, agora que estamos a chegar ao verão. Não é uma história fabulosa nem um grande livro mas acompanhou ali uns dias e ali de meio para fim fica razoávelzinho. Afinal, o tio não era tão vazio como parecia, enquanto personagem. Por isso, leu-se, embora não tenha sido a loucura.. é mais um, na verdade! Assim sendo, romance de verão procura-se!!



Os três casamentos de Camila S.

 Seguiu direto depois do Romance de Cordélia, coisa que nem faço muito, o mesmo autor seguido, mas lá calhou. Curiosamente, o fim nem é assim tão diferente. Volto a renovar "os votos" de adorar ler português escrito em português (e não traduzido) e por isso certamente não ficarei por aqui com Rosa Lobato de Faria



Carta aberta. À minha filha que faz 1 ano

 L.,

Nasceste num dia especial, quando a mãe e o pai estavam a fazer 10 anos de casados. Na brincadeira dizemos que ainda não sabíamos bem onde íamos jantar nesse dia para comemorar, por isso calhou bem, jantamos no hospital. Foi tudo rápido, como este ano. Na semana passada dizíamos a uma professora da escola da C. e da I. que faltavam oito dias para o teu aniversário e ela ficou em estado de choque, convencida de que estávamos a brincar. A verdade é que só piscamos os olhos.

Estás absolutamente maravilhosa, a descobrir o mundo inteiro e a ser a bebé mais simpática, mais querida, mais risonha. Dizes adeus a toda a gente na rua, ris para todas as pessoas, vais ao colo de quem calhar. És muito querida, muito sorridente, com os teus quatro dentuços, super engraçada.

Já dizes algumas coisas mas as principais palavras são mamã e rua. O que é incrível, por ti era passeio o dia inteiro. Dizes muito bem dá, quando queres alguma coisa. Isso ou resmungas. Adoras comer papel e a toalhitas e se te vamos tirar da mão, deixas cair e desatas a gatinhar a alta velocidade para fugir. Depois ris-te às gargalhadas enquanto vamos atrás de ti. Só queres estar em pé mas ter aprendido a gatinhar foi uma mais valia enorme na tua vida porque te deslocas para todo o lado e quando chegas ao destino, é fácil levantar. Gostas de brincar na cozinha de madeira, mas os brinquedos preferidos são coisas que não são brinquedos (a carteira do papá, pacotes de lenços, comando da televisão...). Adoras comer, se falamos em papa fazes logo sinal que sim senhor, é mesmo isso. E comes super bem, sopa, comida, fruta.. o que vier. Apanhas as coisas muito bem com os teus mini dedos e meter à boca direitinho. Achamos que vais ser esquerdina porque as coisas pequenas usas a esquerda (até passas da direita para a esquerda). Adoras tomar banho e chapinar. Dormes muito bem, há vários meses: uma sesta de manhã, uma de tarde e a noite inteira. E encaixaste na família como se tivesses existido desde sempre. As manas são maluquinhas contigo e tu com elas. Somos um pack de cinco. Não podíamos estar mais felizes - e mais surpreendidos por já ter passado um ano... Mas foi um ano cheio de amor. Parabéns a nós!

Romance de Cordélia

 Há dias recomendaram no Clube do livro, Rosa Lobato de Faria. Nunca tinha lido nada dela e voltei a ter aquela satisfação de quem lê português original e não traduzido. É incrível como faz tanta diferença. Li no Kobo, capa a preto e branco, e vejo agora que além de tudo, a capa é uma delícia! 

O livro é dedicado a todas as Mulheres que estão no estabelecimento prisional de Tires e isso devia ter sido um abre olhos do que aí vinha. A história acompanha a vida da Cordélia, que esteve presa muito tempo e que acaba por sair. É forte, dolorosa e impactante. Gostei imenso, imenso! Tanto que segui daqui para um outro da mesma autora.



Lugar Feliz

 Emily Henry a ser Emily Henry e é quanto basta. São comédias românticas de sofá ao sábado à tarde, em forma de letras impressas em papel. Gostei mais do que o Doidos por livros e menos do que Romance de Verão (mas este gostei imenso). Terminei-o num sábado à noite, às 3 da manhã, o que é representativo do estado das coisas. Acho que ela escreve diálogos maravilhosamente, as dinâmicas entre as personagens são muito reais e acreditamos mesmo naquilo. É um filme em forma de livro e o que realmente é mau é chegar ao fim e não saber mais destes amigos. Mas eu sou uma romântica, como se sabe!..



Um cão no meio do caminho

 Como já tinha dito, ressuscitei o Kobo estes dias e descobri no processo que existe uma coisa chamada kobo plus, que tem um custo mensal de seis euros e permite acesso a vários livros. Foi assim que me esbarrei com este.

Gostei imenso da escrita e da história e é tão simples na sua complexidade que certamente deixará a sua marca.

Tinha a ideia que já era um texto bastante antigo mas na realidade é do final do ano passado e a questão central é atual em todos os dias - a solidão. Nesta caso, solidão de vizinhos. Muito bonito.



Não te esqueças de mim

Engraçado ver esta capa a cores porque este livro foi, nada mais, nada menos do que lido no Kobo. Uma surpresa! Mas o segundo do ano. A minha teoria é que os e-books deviam ter capa a cores porque são muito mais apelativos mas agora também foi uma boa surpresa vê-lo assim, fofo.

Só vou dizer uma coisa sobre esta leitura. Comecei a ler na sexta-feira à noite e sábado deitei-me às 4 da manhã COLADA, com vinte páginas por ler.Acabei domingo de manhã e andei o dia todo com o sentimento de vazio, pronto, agora fiquei sem estes amigos e que mau que isto é...! Muito, muito fofo. Comédia romântica de sábado à tarde, maravilhosa. Fazem muita falta estes livros na vida da pessoa!



Tudo me lembra de ti

 Coleen a ser Coleen. A pessoa tem de ler tudo até ao fim, embora já estea careca de saber como ele será. É previsível mas viciante, como uma boa novelinha. De resto, anda mesmo nesse estilo. Admiro a capacidade de escrita de tantos livros em tão pouco tempo, só por isso já tme o meu respeito, e serve aquele propósito de passarmos uns bons momentos mas no final do ano já não me lembro bem da história. Só que a li bem, rápido e que acabou em felizes para sempre, como se quer!



Escola para boas mães

 No Verão passado tinha lido uma distopia que me revoltou imensamente e que é uma história de que me lembro imensas vezes por ser tão imensamente frustrante, daquelas que apetece gritar e esbofetear as personagens.

Este não ficou muito atrás.

É uma distopia sobre a maternidade que nos enerva, nos revolta, nos dá nervoso miudinho! Apenas grandemente compensada pelo final que eu, enquanto romântica, vi da melhor forma possível, happy ending e tudo (quando por acaso acho que as distopias não têm por definição happy endings). 



Canção Doce

 Ora bem, como dizer isto?

Este livro foi um sofrimento do princípio até ao fim. Todas as linhas, sem excepção. Uma obra prima, adoro estes livros que nos mexem todos por dentro, nos reviram entranhas e arrancam coração do peito só com a força das palavras. O meu respeito a quem escreve assim, bato palmas de pé.

Esta história é duríssima, muito imprópria para chorões como eu, sobretudo tendo filhos. Nossa senhora! Mas é um livro incrível, que dificilmente se esquece e esses são os melhores por isso vai direto para o topo da lista deste ano (que ainda é curto, eu sei, mas antecipo).



Vamos falar de fotografia outra vez?

 Pesquisar por "fotografia" no blog é encontrar cem mil posts que batem todos na mesma tecla: há uma fada da arrumação de fotos em mim e uma pequeno elfo que precisa de ter sempre tudo organizado em pastas e devidamente impresso o que for para imprimir. Esta tarefa tem sido progressivamente mais difícil ao longo dos anos - longe vão os tempos em que as fotografia do mês 1 eram arrumadas no primeiro dia do mês 2 e as imagens impressas e postas no álbum respetivo dois dias depois (foi há duas filhas atrás, poso adiantar). Neste momento tenho um backlog enorme e passam-se meses e meses até conseguir arrumar o que quer que seja - sendo que acumula imensamente e dificulta em igual medida!

Mas nada temam!

Posso ter-me deitado à uma da manhã e organizar fotos mas ai de mim se não ficaram todas arrumadinhas e lindinhas nas suas pastas! Oh yeah! O último mês que estava arrumado era Outubro de 2022 por isso bem se vê o tempo infinito que seis meses levaram. Meio ano, nossa! Meteu Natal, passagem de ano, carnaval, dia do pai, os meus anos, férias da páscoa, a própria da páscoa.. e mais não sei quantas coisas sem efeméride própria. Mas ficou! Falta o passo seguinte de selecionar, imprimir e fazer substituições em casa que a julgar pelas fotos ainda somos uma família de quatro quando somos um pack de cinco. Venham daí os feriados para termos tempo para isso tudo e, uma vez mais, viva a fotografia!

Quem sai aos seus

Nunca tinha lido Liane Moriarty mas já fiquei com vontade de ir ler tudo. Que escritora incrível a descrever pessoas e relações humanas! Mega uau!

Este livro em particular foi uma lufada de ar fresco, até fazia pausas no trabalho para o ler, tala curiosidade de saber o que vinha a seguir. Tem surpresas até ao fim, é imensamente envolvente e viciante e muitíssimo bem escrito.

Há um pequeno detalhe que não adorei, confesso, e que são as últimas cinquenta ou setenta páginas. Há um ponto do livro em que a história terminaria de forma perfeita, até a frase com que acaba esse capítulo é maravilhosa. Mas depois a autora escreveu mais umas dezenas de páginas, que já metem covid e tal, e dispensaria. Não acrescentam nada e destroem um bocadinho o sentimento "uau" que tínhamos ficado. Este pequeno detalhe à parte, é um livrão, gostei muito.



Ontem à noite no Telegraph Club

Janeiro foi um mês gigante mas pequeno em livros. Na verdade este já vinha de 2022 e atrasou-se um bocadinho, embora tenha gostado dele. São coisas, Natal, Passagem de ano, Ano novo... You name it!

Tenho sempre alguma dificuldade em imaginar-me lá no ano de 1900 e troca o passo e por isso nem sempre consigo totalmente perceber como se sentiam as pessoas com os julgamentos da época mas é muito interessante a história, a descoberta, a novidade e o desfecho. Foi uma boa abertura do ano.





Disney com duas crianças e um bebé - dia 4

 Dia 1

Dia 2

Dia 3


Como tudo oque é bom acaba depressa, muito depressa chegou o dia de ir embora.

Pai e crianças mais velhas acordaram mais cedo rumo ao tão famoso Pavilhão das Princesas, enquanto mãe e filha mais pequena ficaram a terminar arrumações, malas e check out - tudo guardadinho no hotel até à hora do shutle. 

3 horas depois, chega a hora de entrarmos no Pavilhão e foi realmente a maior desilusão da viagem: uma fotografia com a Branca de Neve e adeus, aqui está a saída. O choque... mas ela adoraram!, vai-se lá entender.

Isto posto, tínhamos decidido que o último dia, que era só manhã, seria para comprar por isso varremos as lojas, lojinhas e lojitas, almoçamos mcdonalds  rumo ao aeroporto, adeus, amor adeus, voltamos em cinco anos!

Coisas importantes:

- ainda bem que pedimos shutle, ida e regresso, super prático e pontual.

- ainda bem que levamos uma mochila extra (compactada na mala na ida e cheia no regresso).

- ainda bem que despachamos uma mala de porão. Ficou um bocadinho mais caro mas no meio dos milhares de euros, não é por mais cinco ou dez..

- ainda bem que levamos marsúpio! Salvou os passeio.

Por último, ainda bem que convenci o homem a IR porque foi MARAVILHOSO!

O que aprendi com 3 filhas?

Podia escrever um livro sobre isso (não o vou fazer, sabe Deus o meu que está moribundo!) mas hoje ia focar num aspecto muito particular das famílias numerosas, pelo menos a nossa.

Todas as coisas se fazem da mesma forma mas a programação das coisas encurtou brutalmente.

Se dantes, uma festa de anos de outubro se começava a planear em setembro, agora começa a quatro dias do evento. Se uma mala se fazia na véspera, agora faz-se antes de sair de casa. Se as refeições se planeavam a 15 dias, agora é à semana e mesmo assim olhe lá.. desapareceu o tempo de planeação, que é uma palavra que não existe mas que me faz falta, porque não é de planificação que estamos a falar, é de planeação mesmo (a sugestão do corretor automático é "plano acção" - o que também se aplicava aqui).

Por muito que seja fã da listas, organização e antecipação, dou comigo a não conseguir fazer nada disso. É tudo em cima, no momento, no limite! Porque de facto o tempo encurtou imenso. Quer dizer, entende-se que o tempo é o mesmo, a quantidade de pessoas a quem tenho de atender no mesmo tempo, essa sim é que aumentou, qual médico de família na USF. São consultas de 15 minutos, senhores!, 15 minutos..!

Adiante;

Tudo se faz na mesma, tudo acaba por se fazer, que português é bom de improviso e desenrasque mas quem é de agendas, horários e prazos como eu, teve um período de adaptação - que também foi curto porque, lá está, não há tempo! Ainda agora fomos passar o fim-de-semana fora e acho que a meio as malas ainda não estavam todas feitas. Vidas cheias de gente!

Disney com duas crianças e um bebé - dia 3

Dia 1

Dia 2


O dia 3 começou em festa ainda no quarto, um pouco às escuras e a sussurrar porque um bebé dormia! Mas a cantar os parabéns com um muffin e uma vela que levei de casa. 8 anos da mais velha. A nossa história à Mickey!

Parabéns cantados, pequeno almoço tomado, rumamos ao parque, desta vez ao Studios, sempre com sol e uma sorte imensa!

Ao entrar no parque vemos logo a Hollywood tower, que é só incrível! E onde ocasionalmente se vê o elevador a subir e descer a alta velocidade, com a porta a abrir e as pessoas a gritarem. Uau!

Obviamente que não fomos ver nada disso! Mas começamos com o espétaculo da Frozen, como não podia deixar de ser. Depois vimos o do Mickey e a magia, que é muito giro (e sentado! - extra pontos) e passeámos pelas ruas - sendo que a parte onde está o Ratatui é mesmo maravilhosa, tal e qual Paris! Com IMENSA pena minha, não as consegui convencer a andar e fica mesmo na lista to do para a próxima (daqui a 5 anos, já combinamos!).

Como era o aniversário da C., tínhamos reservado almoço no restaurante Agrabah, no parque Disney, que é um espaço mesmo muito giro - embora a comida para os miúdos não tivesse sido assim deslumbrante (não para a C., essa come tudo!). No fim do almoço pusemos em prática o plano "surpresa de aniversário" (ver dia 2 para detalhes!), sem funcionários a cantar e sem grande alarido. Apenas o bolo na mesa (que era muito giro e óptimo!), nós os cinco e mais os cinco amigos com quem estávamos. Acho que criamos uma memória especial dos 8 anos!

No fim do almoço voltamos ao Studios para a Aventura Cars (engraçadinho, vá), crepe com nutela e mais passeio!

Jantamos cedo no Parque, com muita, muita, muita gente, e instalamo-nos - a pé (duas das crianças numa cadeira roubada pelo pai!) para o espétaculo da noite, Ilumination - que é das coisas mais espetaculares da Disney. Super recomendo! Mesmo que as crianças mais pequenas durmam uma no marsúpio e outra no carrinho durante e depois no caminho para o hótel!

Este exercício é sempre fabuloso

 Fabuloso todos os anos...

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Disney com duas crianças e um bebé - Dia 2

 Dia 1 aqui


Começar por dizer que só estar na Disney, viver o ambiente, ouvir as músicas, ver os edifícios já é perfeito. Aquela entrada fez os meus dias. Mesmo que tivesse de vir embora depois, já teria valido a pena. Ocupamos muito do nosso tempo só a passear pelo parque, ruas para um lado e para o outro - e muitos quilómetros a pé!

Atrações mesmo, verdadeiramente falando, não usamos tanto quanto eu gostaria mas ou as miúdas não queriam, ou as filas eram demasiadas ou outra coisa qualquer.

Isto posto, o dia 2 começou com o pequeno-almoço no hótel, e com panquecas de Mickey!, que era completo e bom e de onde saquei uns lanchinhos para o dia!

Depois disso, caminhada até ao Parque, começando com a tradicional voltinha no Carrossel da entrada. Aqui, com o bónus para as minhas filhas de terem aparecido duas amigas da escola quem estavam a fazer férias na mesma altura que nós. Com isto passamos de cinco a 10 (três filhos também) e fizemos grande parte dos planos com eles.

Depois da volta do carrossel, fomos em direção ao Aladdin, que é de entrar, ver e sair e a Árvore Robinson (eu fiquei em terra porque é uma atração com dezenas de escadas e a bebé estava a dormir no carrinho. 

O almoço foi - pasme-se! - fast food no Hakuna Matata!

De tarde,

Labirinto da Alice (agora já com marsúpio - sendo que é giro porque há parques de carrinhos nas entradas e a tralha fica toda ali parada, sem problema nenhum).

Passeio de barco nas histórias de encantar (e pena que a Casa de Bonecas fechou porque me lembro de ser linda!)

Depois, fila para o comboio durante uns bons quarenta minutos e quando estávamos prestes a entrar - maddames et mounsiers, problemas técnicos mandaram fechar este amigo, de modos que adeus, beijinhos, au revoir!

Daí seguimos para o Peter Pan - em que pedimos fast track porque a fila era mesmo gigantesca - por isso entramos logo, muito rápido, com bebé no marsúpio mais uma vez e 3 minutos de uau! (menos para a minha filha mais velha, que detestou de morte!)

Eram entretanto horas do desfile da tarde (às 17.00, creio) que é absolutamente incrível! A não perder mesmo!

E já ao finalzinho da tarde arrastamo-nos para o hotel, ko! mas felizes! para descanso, banhos e jantar no hotel. Hotel esse que tinha uma piscina, onde não entramos para não tentar as crianças e perder o resto dos dias dentro da água, e uma sala de brincadeiras, com desenhos, lápis, jogos, televisão. Simpático, por elas teriam ficado por ali!

Nota cómica do dia 2 é que tínhamos pedido na reserva da Disney uma coisa chamada "surpresa de aniversário", para usarmos no dia 3, dia seguinte, que era os anos da mais velha mas, ao jantar, estando nós sentados na nossa mesa, entram vários funcionários do restaurante com um bolo Disney, todos a cantarem os parabéns, juntamente com os hóspedes, para entregar o bolo numa mesa onde uma menina fazia anos. Menina essa que desatou a chorar com o espalhafato da coisa. Nisto, nós que tínhamos planeado precisamente a mesma coisa mas para o jantar do dia seguinte, ficamos em modo "oh não!" porque a C. - aniversariante do dia seguinte e destinatária da surpresa - diz: Meus Deus, não queria nada daquilo!!

E pronto, dia a acabar com dois pais a pensarem, ok, abortar plano de surpresa de aniversário e trocar por outro! - Já vos conto, no dia 3!

Livros de 2022

 Vou fechar este capítulo com o Top 3 do ano, que foi fácil.


A breve vida das Flores

Lições de química

Terra Americana


Livraços! Livrões!

Todos muito diferentes em termos de história e estilo mas absolutamente brilhantes!


Deixo um extra, um livro que gostei muito por ser leve e adorável, uma excelente companhia de tardes de praia, fresco e fofo: Romance de Verão


E foi isto!

Ano well done em livros com 29 (e meio! infelizmente não cheguei aos 30!) e siga 2023 com novas leituras!