Carta aberta. À minha filha que faz 4 anos

 I.,


Em primeiro lugar, chamar-te I. fica um bocadinho ao lado do que habitualmente te chamamos. És a nossa Nekis, e tu própria te reconheces nesse nome. E ainda há pouco perguntavas o que rimava com happy e descobrimos que Neki não fica muito longe e tem tudo a ver. Estás sempre feliz, sempre bem-disposta, és um raio de sol, que brilha porque és querida, amorosa, meiguinha, muito fofa, e que brilha também porque fazes imensas asneiras mas com uma grande dose de criatividade e originalidade. Nem sequer conseguimos ralhar de todas as vezes, frequentemente porque estamos a tentar não rir.

Adoras tivisião e jogar consola, é mais ou menos uma droga, adoras mousse de manga e um ou outro chocolate. Mas tirando isso és da fruta e das cenouras, e quando as pessoas pedem pipocas para ver um filme, tu pedes uma cenourinha. Comes sopa com legumes com mais gosto do que a passada e massa é a tua comida preferida. Mas é uma magricelinha, que petisca e pouco come.

Continuas a gostar muito da escola e da "tua" A., como chamas à tua professora. Ainda estamos num caos que faz com que ela tenha de estar de máscara mas não é algo com que te importes, se calhar porque nunca foi de outra maneira desde o dia em que entraste na escola. Também por isso este ano não há um festão imenso mas vamos ter bolo de unicórnio e um ou dois amiguinhos a brincar cá em casa nestes dias, além dos parabéns com a família no dia de Natal, esse dia em que dizemos parabéns-feliz-natal tudo na mesma frase mas que a ti também não chateia nada.

Já conheces e identificas todos os números, jogas ao peixinho e ao Uno como gente grande, e ganhas a maior parte das vezes, aprendes-te a escrever o teu nome e inicial do apelido e se vês I. escrito, dizes que falta o B. Não adoras por aí além pintar e fazer desenhos mas gostas muito da actividades e exercícios e ficas concentrada a fazer. 

Falas perfeitamente bem mas há três ou quatro palavras que dizes de maneira engraçada e ninguém te corrige porque é maravilhoso, a tivisião, o quistóio (escritório), o fifufifo (frigorífico). São as últimas réstias do meu bebé, que está tão grande, como é possivel?

Adoras as aulas de ballet e cantas e danças muito em casa. Mas és tímida em grupos grandes e muito envergonhada - o que até custa a crer porque em casa és um furacão! Como também em casa não estás sentada à mesa mais de cinco minutos e nem fazes sesta de tarde, e na escola estás direitinha toda a refeição e dormes todos os dias. São aquelas coisas!

Tu e a mana são super amigas e companheiras, dormem no mesmo quarto porque não se querem separar e são como as cerejas, andam aos pares. Por isso muitas vezes brincas a coisas e vês desenhos que são mais da idade dela do que da tua mas se calhar também foi parte do que te fez tão desenrascada e despachada do alto desses quatro anos. Minha bebé Nekis.

Podia enrolar-te numa bolinha e voltava a pôr-te na minha barriga mas a verdade é que ver-te crescer é ver tudo com outros olhos e ter mundo sempre pintado de todas as cores. Meu arco-iris de unicórnios e purpurinas. Gosto de ti mais do que te consigo explicar. Parabéns a nós!

Querido, mudei a sala

 A nossa casa tem uma segunda sala no andar de baixo, que cada vez mais me convenço que é evolutiva.

Quando viemos para cá morar, com uma filha de dois anos, a sala era um depósito de móveis, sem qualquer fim; Mais tarde veio a acumular brinquedos de grande porte, como a casa da patrulha pata, triciclos, mais tarde a casa da Barbie; mais tarde ainda, já com duas filhas, fizemos um extreme make over e dividimos o espaço entre sala de brinquedos e sala de televisão, com uma estante a meio como linha divisória. E desde que regressamos a casa em Setembro, no pós obras, queria muito voltar a olhar para a sala, para nova remodelação, mas andávamos a adiar porque ficou pendente da obra a pintura do espaço, entre outros detalhes.

Porém, todavia, contudo, no feriado de dia oito, que foi dia de separar brinquedos para dar, depois de passarmos a manhã inteira a encher seis sacos de 200 litros de capacidade com todos os brinquedos que vamos dar, deu-me a fúria da arrumação. Os sete metros de armários do tecto ao chão da sala de baixo foram esvaziados, limpos e destralhados; e, já agora, damos só aqui um jeitinho (a expensas do homem, coitado!).

A nossa nova sala continua a ter espaço de brinquedos e de televisão mas juntamos-lhe uma mesa enorme, onde há canetas, marcadores, lápis e onde há uma estante grande com todo o material de desenho, pintura e, porque não, aulas on-line. E como a mesa é tão grande, passei o meu posto de trabalho para a mesa e libertei, finalmente, ao fim de quase dois anos de teletrabalho, a sala da mesa de jantar. Yeah us!

Sinto mesmo que a sala cresce connosco e que será muitas coisas ao longo da vida; por exemplo, sítio para dormir com as amigas em pijama parties, mini discoteca e tudo e tudo e tudo! Família a crescer, sala a crescer!

Long time no see

Sinto que estou envolvida em trinta e sete coisas diferentes e que o meu tempo não chega para tudo. E nem se quer vejo televisão. Mas ando a escrever, ando a ler, ando em ensaios para uma peça de teatro, ando com o maior projecto de 2022 (já falamos, juro!), temos a agenda com eventos e coisas, que nem são nada de especial mas ocupam disco no meu cérebro, tenho a lista de compras de natal com 30 entradas e mantenho o meu trabalho - que de tudo, juro que o dispensava e o resto se fazia bem melhor (sonhos, sonhos...).

Do que já é público e notório ao nível da novidade, Novembro ficou definitivamente marcado por uma conquista que me deixou imensamente feliz (embora - tenho de dizer isto - não fosse exactamente, exactamente, como a sonhei) e que traz uma coisa boa para o próximo ano: assinei um contrato de edição de um livro com uma editora! Rufem os tambores!

O que aconteceu foi que algures no Natal de 2020, uma noite em que ficamos a dormir em casa dos meus pais, fui deitar as miúdas e a C. pediu-me para lhe inventar uma história. Comecei a contar à medida da invenção e mais tarde escrevi esse conto, que imprimi com espaços em branco para ela ilustrar. Foi assim que nasceu impresso nas folhas da nossa impressora este conto de Natal, escrito pela mamã, ilustrado pela C., com o qual meses mais tarde me candidatei a um concurso literário de contos infantis. Não ganhei e nunca mais me lembrei disso, a não ser como uma memória boa.

No início de Novembro fui contactada pela editora que promoveu o concurso, dizendo que embora não tivesse ganho, o departamento editorial considerava que o livro deveria ser publicado e se eu estava interessada?

Se estava interessada?? Eu fiquei louca!!

Após longas conversas, foi contentinha e feliz que assinei o contrato de edição e que no final do próximo ano terei publicado o meu primeiro livro, que é um sonho que tenho desde que me lembro de escrever! Até me custa a crer! E acho que enquanto não chegarem à minha mão, me vai parecer sempre uma coisa meio irreal! Mas depois vai estar em prateleiras de livraria (e on-line!) e pronto, estou mesmo feliz!

Além disso temos outra mega coisa a acontecer em 2022, mas já lá vamos, a seu tempo, e haja saúde, para aproveitarmos tudo!

No entretanto, já se pode desejar feliz natal, certo?!

Dos planos deste ano

 Já disse que vou fazer uma super lista de projectos para 2022, não já? Tenho estado a trabalhar nela, com algumas entradas novas a cada semana, para já ainda quase só viagens, mas tenho pensado muito no quão importante é para as minhas filhas fazerem coisas diferentes, sem ser o mesmo casa-escola-fim de semana. Queria mesmo proporcionar-lhes boas memórias e experiências que as marcassem, mesmo que não as recordem em grande pormenor daqui a um ano ou dois. Na verdade, sei que fica sempre qualquer coisa.

Neste espírito, há duas semanas, num sábado, estava a antecipar uma tarde de televisão e pus tudo a andar de casa para irmos a um museu. Na verdade passei uma parte da manhã a procurar coisas girar para fazermos e entre uma exposição de um pintor, uma actividade no planetário e o museu, escolhemos este último. E ainda bem!

O World of discoveries está no Porto há séculos, já lá tínhamos passado em frente dezenas de vezes, mesmo na Alfandega de frente para o rio, mas só entramos agora. E gostamos tanto! A primeira parte é mais museu, com coisas para ver e ler, que não despertaram assim imensamente o espírito das crianças. Mas a segunda parte é uma viagem de barco que simula o caminho dos descobrimentos e a chegada aos vários países e está tão giro! É uma viagem curtinha (vinte minutos) por isso todo o museu se faz em pouco mais de quarenta e cinco minutos (seria mais se estivéssemos a ler todas as informações e curiosidades, que são muitas, mas aos 7 e 3 anos ainda não foi possível). Mas valeu mesmo pela parte do barco, que está muito bem conseguida. Não estava exactamente na minha lista o world of discoveries mas museus em geral sim, por isso senti-me útil minha minha missão de mãe e foi uma tarde gira.

Quando saímos, lanchamos no armazém bar que fica mesmo ao lado e que é um armazém gigante de coisas vintage, com uma esplanada muito curiosa onde bebemos um chocolate quente divinal. Portanto mesmo que o museu tivesse sido péssimo, que não foi, teria ficado tudo saldado com aquele chocolate. 

Entretanto, tenho na calha ainda para este ano,

- um teatro musical em Lisboa, 

- um fim-de-semana escapadinha (já marcado, em Novembro) e 

- um espetáculo de ballet logo no início de Janeiro, que é quase este ano. 

Se for possível, 

- ainda em Janeiro, Londres a quatro e 

- em Março, Paris (mas aqui já sei que estou a sonhar de mais!). 

Ainda bem que sonhar não paga imposto!

Querida Sra. Bird

A minha filha mais velha começou em Setembro aulas de natação, o que tem sido um boost óptimo no meu processo de leitura (que irá acalmar nos próximos meses, mas já lá vamos) e por isso em duas ou três aulas acabei este Senhora Bird, que é um livro fofinho e querido (apesar do pano de fundo ser a guerra e acho que vou no terceiro ou quarto dentro do tema e o seguinte segue a dança), que se lê bem mas não é um uau! que livraço. É um livrinho, acompanha bem, é divertido e emocional na medida certa, não vai para os piores do ano certamente, mas também não terá um lugar assim de destaque. Aliás, pensando nisso, não sei bem que livros estarão no pódio este ano mas é um tema para um post para Dezembro! Lá iremos, lá iremos...!




Tempo entre costuras

Tinha gostado muito do livro da Maria Duenas que li no Verão e como tinha boas referências da série, comprei este na Feira do Livro. É tudo óptimo, tirando o facto de ter 630 páginas. Atenção que não tenho nada contra 630 páginas (veja-se, aliás o Apneia que tem 700 e foi dos livros que mais adorei de sempre) mas quando as 630 nos prendem; quando as 630 se arrastam e percebes que podias ter o mesmo efeito escrevendo, digamos, 315, frusta-me ligeiramente. Daí que tenha andado com este livro muito tempo, com um outro (a fofinha da Nina) pelo meio e que tenha terminado mas um bocadinho a custo. Claro que tem momentos de movimento muito rápido e leitura compulsiva, mas depois aparecem capítulos que não avançam e que ficam só ali a rastejar ligeiramente. 

Em todo o caso, está feito, está lido, é um bom livro, fiquei com curiosidade para ver a série (quem sabe!) e continuo a achar que é uma escritora excelente, pelo que nem que seja por esse motivo, já vale o esforço das 630 páginas!

(e, por incrível que pareça, saudades do apneia!...)



A vida livresca de Nina Hill

Ora aqui está uma boa pausa no deserto, uma água fresquinha e deliciosa, que se bebe em dois tempos, leia-se, que se lê em dois dias. Super leve, divertido e envolvente, muito a lembrar a Eleonor Oliphant - que adorei (embora não tão maravilhoso). Especialmente considerando que estou a ler outro um bocadinho mais pesadinho, este soube pela vida! Recomendo muito (mas se ainda não leram a Eleonor, comecem por esse que é mandatório!)




Organização desorganizada

Na semana passada vi uma publicação de instagram de uma página dedicada à casa, que fazia um agregado dos projectos de 2021, com os já concretizados e os por concretizar. A lista era muitíssimo extensa, com coisas muito simples (colocar papel de parede) a pontos mais complexos (fazer uma cozinha nova) e havia vários já feitos e alguns por fazer. Porque é que isto me chamou à atenção? Pela organização dos planos! Achei UAU! a pessoa ter uma organização ao nível do ano, com tudo o que quer fazer e sobretudo com muitas coisas já concretizadas, sinal de que levou o plano a sério. 

A única coisa que consigo planear e levar a sério são as refeições, que sigo religiosamente. Planeio a semana, na verdade planeio a quinze dias (ocasionalmente a três semanas mas mais difícil), faço as compras em conformidade e cozinho o que planeei. 

Mas depois os planos sério, viagens que quero fazer este ano, sítios para irmos, projectos de casa (e há tantos!), escapadinhas, experiências, organização em geral... tanta coisa! Tenho tanta coisa que quero fazer e nada organizado, zero estrutura no meu plano. E isto torna de facto impossível de cumprir, como está bom de ver. Se a pessoa não sabe o que tem para fazer, como é que vai fazer? Não vai! Por isso vou colocar já na primeira linha da lista, fazer a lista. Yeah? Uma organização organizada, meus amigos, organização organizada!

Carta aberta. À minha filha que faz 7 anos.

 C.,

Este ano escolheste tema arco-íris para a festa que vamos fazer - e estão de volta os amigos na primeira festa e a família na segunda! - acho que por veres o mundo de todas as cores, cheio de alegria e coisas boas. 

Estás sempre bem disposta e feliz, que é realmente o mais importante de tudo e estou sempre a aprender contigo a ver o lado melhor das coisas. Como quando reclamo da chuva e me dizes que é importante para as plantas ou quando mando vir com o restaurante que demorou meia hora a servir e tu dizes que a comida estava óptima. Espero que nunca percas a tua capacidade de ver o copo meio cheio!

Continuas super querida, meiga, amiga e fã da família acima de qualquer coisa. Há dias até me disseste que tens saudades das aulas on-line porque estávamos todos juntos em casa. Ainda assim, também gostas de ir para a escola e dizes que vais ficar lá para sempre! Próximo passo é convencer a construir o segundo ciclo, já andas a tratar do assunto!

Desenhar e pintar, coleccionar cadernos, imprimir desenhos ainda são das tuas coisas preferidas. Tens imenso jeito para pintar, fazes desenhos que adoramos, acabamos de por um quadro teu na parede do corredor e é bem provável que venhas a ser artista. Dizes que vais ser pintora e professora de ballet e pode mesmo acontecer que a arte faça parte da tua vida a sério. Sensibilidade não te faltará, que aos sete anos já mostras uma maturidade que às vezes até me surpreende e penso se não será de mais.

Estás a crescer demasiado depressa para o nosso gosto, o que é fantástico e incrível a tantos níveis, mas também assustador porque ainda há dias eras uma criança pequenina e agora tens sete anos e eu nem acredito bem que tenhas mesmo sete anos porque se me perguntarem, foi mesmo ontem que viemos de Lisboa a correr porque querias nascer e faltavam 400 quilómetros!

Vou fazer de tudo para que tenhas um dia muito feliz e que continues a crescer saudável, alegre, amiga, companheira e uma pessoa de que te possas orgulhar. Nós, da nossa parte, não podíamos estar mais orgulhosos! Amo-te para sempre! E parabéns a nós.

E os livros? E o resto?

 E eu que já não falo de livros há cinquenta anos, hã? Como assim?

Depois das Mensageiras boas da minha vida, entrei numa história totalmente diferente, muito sofrida, que não estava a saber levar. Deixei-o em stand by, que é uma coisa que não gosto muito de fazer aos livros mas teve de ser. Comecei outro entretanto, já mais a minha cara, mas os nossos horários têm estado tão loucos, que às duas da manhã quando finalmente me deito na cama, não consigo ler, só cair para o lado! Mas lá iremos, lá iremos.


Entretanto, tenho a to do list a abarrotar de coisas e a cabeça cheia a gritar por um brain dump urgente! E porquê?

Lancei-me num projecto-negócio-coiso;

Inscrevi-me no curso de escrita do livro com duração de seis meses;

Estou a planear duas festas e terminei no domingo passado a última;

Fiz duas consultas esta semana (e tenho dois exames na próxima) e um dos médicos recordou-me de como eu preciso de fazer exercício físico urgentemente, mas ainda não sei onde o vou encaixar;

A casa ainda tem coisas várias a ser feitas, ao nível das obras e da decoração;

E temos o projecto do andar de baixo, que queria muito iniciar, assim que me pintem as paredes;

Tenho móveis acumulados num dos quartos, que não consigo vender (Olx a deixar-me mal, não está certo!);

Continuo com o meu trabalho, com imensos prazos até ao final de setembro.

E no geral não sei transformar isto em tarefas a serem executadas com data e prazo por isso parece tudo mais caos! No meio disto, estou-me sempre a lembrar daquela pérola de conhecimento que um dia aqui deixei a propósito das lides de casa, mas que se aplica ao trabalho assalariado também: 

O que é difícil não é ter filhos; é fazer as outras coisas todas

E as obras?

 O projecto "obras da nossa casa" arrastou-se no tempo durante meses e meses. Fizemos (fez o homem) o projecto, mudamos o projecto, discutimos o projecto, refizemos, voltamos a fazer, enviamos à arquitecta, mudamos tudo outra vez, trocamos sítios, mudamos paredes, desenhamos novamente. Até ao resultado final, que foi sendo alterado durante a obra propriamente dita.

Dia 2 de julho tínhamos uma equipa de seis pessoas a desfazer-nos a casa. Tiraram todos os móveis da cozinha, bancadas e chão, tiraram todas as portas de casa, sanitas, lavatórios, bidés. Tiraram a parede entre a sala e a cozinha, tiraram uma divisão que existia dentro da sala. E foi um caos. Um caos tão grande que duvidei sempre que daqueles escombros pudesse nascer alguma coisa, quanto mais uma coisa bonita!

Um mês depois estava tudo praticamente na mesma, agora com tectos novos nos quartos, com a estrutura de uma lavandaria, com a parede deitada abaixo meio construída, ainda sem chão, sem cor, sem cozinha, com uma quantidade absurda de pó e eu com muita vontade de chorar, dada a minha incapacidade de ver para além do que não é óbvio.

No fim de Agosto voltou a haver esperança e fixamos um dia para vir receber a obra, depois de eu ter estado um mês sem ver nada (com a fiscalização a cargo do homem). Quando entramos em casa, um sábado, estava ainda longe de ser o que seria no dia final de entrega, mas já era uma casa! Quando a recebemos finalmente, na quarta-feira seguinte, era a nossa casa mas on steroids!

Faço aqui o meu reconhecimento público à visão do meu homem, ao projecto e perseverança, sobretudo à capacidade de me ignorar quando eu devo ser ignorada, dizendo que ficou, mesmo, espetacular! Por certo nunca mais na vida vamos sair daqui que nenhuma casa será tão à nossa medida como a nossa, com uma sala que já era grande e está enorme, gigante se abrirmos as portas para a cozinha; com uma cozinha cheia, cheia de arrumos, cheia de bancada e cheia de luz; com uma lavandaria, finalmente!, que tem o chão mais bonito do mundo; com quartos, portas, paredes, tudo branquinho nuvem, tão fresco e fofo; com um escritório renovado em paredes, tectos e chão e revisto no seu uso; com uma segunda sala de família, de crianças, de brinquedos, de cinema - que será o nosso projecto das férias de Natal (outra vez!) porque, sendo polivalente, serve as finalidades que temos a cada momento e neste momento são diferentes da última vez que a refizemos. E é isto! Já penduramos os quadros quase todos, (faltam as cortinas!), já pusemos decoração revista (com coisas de um sítio para outro e algumas novas aquisições) e estamos ready para nunca mais fazer obras na vida! E também para aproveitar a casa ao máximo! Beijinho ao homem!

Sítios giros: Food edition - Frida

Nem posso crer que cinco anos depois, temos um sítio giro! Soltem as trombetas!! Como é possível?!

Pois que é verdade! Fomos MESMO a uma restaurante, nem se quer foi pelo zoom, foi mesmo a sério, sentar o rabo das cadeiras e comer sem ser em takeaway, juro! Ainda existe! E fomos onde? Ao


Frida

Pois claro!

E só adultos, acreditam?

De resto, começo já por aí; não levem as crianças, há muitas margaritas a rolar e a coisa pode não correr bem! Levem adultos, amigos, e divirtam-se! Foi super giro o nosso jantar, comemos coisas completamente diferentes, tudo ao lado do que é habitual na minha pessoa e foi mesmo óptimo! Recomendo imenso! 

As mensageiras da esperança

Nunca tinha lido nada da Jojo Moyes, nem visto a série, que diz que está na Netflix mas acabei com este livro porque me interessou imenso a sinopse e tinha visto algumas recomendações. Gostei mesmo muito dele. É um livro super franco, que me fez chorar duas ou três vezes antes de ter chegado ao fim, traduz as lutas e as preocupações de forma genial. E é uma história muito bonita, de amizade entre mulheres (que ainda é uma coisa que nem sempre acontece, muitas vezes mandamo-nos umas às outras ao chão..!) Fiquei com curiosidade de ler mais da autora mas mudei o rumo depois disso (algo totalmente diferente, lá iremos!) e tenho de voltar. Ainda assim, este entra para lugares de cima, gostei muito!




Fiz uma festa por conta de outrém!

É velho e conhecido o meu desejo de me dedicar aos eventos, bem como velho e conhecido é igualmente a minha falta de coragem de o fazer, deixando tudo por ela (deixei, deixei). Por isso vivo as festas com intensidade máxima mas só produzo para o mercado interno, leia-se, as minhas filhas.

Num destes sábado, no entanto, produzi para terceiros!

Ok, não é bem, bem um negócio e se calhar não conta quando o fazemos para amigos. Mas foi tão maravilhoso!! Foi um lanchinho tema selva para um aniversário de um ano. O tema é maravilhoso e as cores também; foi mesmo uma coisa boa - e o resultado final ficou querido (a mãe fez um agradecimento no final dos parabéns onde me mencionou e corei até às orelhas!). Quem sabe se não foi o primeiro de muitas e felizes eventos para outras pessoas que não as de cá de casa?

Com isto ganhei coragem para criar a página de instagram - fui buscar o nome que a minha filha inventou há anos atrás (e que na altura me fez escrever este post, que me continua a dar vontade de sorrir!) e sim, certo que ainda não postei fotos de nenhuma das festas todas que fiz, nem convidei pessoas (e tenho tanta vergonha!! Acho que não o farei, sinceramente) mas cada coisa a seu tempo. Se falar em coisas e tempo, aliás, tenho aqui uma boa lista na agenda (só precisava de não trabalhar para a cumprir!). Vendo o copo meio cheio, já é um começo! Quem sabe 2026 não se cumpre..!

Coisas boas da semana 1

Domingo, véspera do primeiro dia oficial de férias, chegou o meu irmão para quinze dias em Portugal. As minhas filhas estavam simplesmente loucas, o que é mesmo bonito de ver porque estão com o tio duas vezes por ano e parecem que nunca deixaram de se ver.

Sábado, quase uma semana depois, fizemos o mais próximo de uma festa pré-casamento (na verdade, era a bye bye single life party), num sítio mesmo giro, com esplanada e sol e a família quase toda (todos devidamente vacinados e certificados - os que sim - e todos, sem excepção, previamente testados). Muito bom quando tudo parece normal (e decididamente uma coisa boa da semana um).

Esteve sol todos os dias, fomos sempre à praia, houve banhos de mar com fartura (não para mim, claro, que tenho frio!; mas para as maluquinhas que tenho cá em casa).

Venham as próximas semanas!

Antes que o café arrefeça

Acontece-me com mais frequência do que gosto de admitir, comprar livros por impulso, depois de ler alguma crítica ou opinião. Este não foi diferente. Para além de vir com a nota "livro-fenómeno", li a crítica e era muito boa, o que me fez embarcar.

Que dizer sobre ele?

Tive muita dificuldade com as personagens porque os nomes são pouco comuns (não fosse japonês) e andei várias páginas sem saber quem era quem.

Depois a história, embora tenha uma premissa curiosa (passa-se num café onde é possível sob determinadas regras voltar ao passado pelo período de tempo correspondente ao tempo que demora o café a arrefecer), não está particularmente bem escrita. É muito simples e pouco cuidada, não adorei. 

Mas depois tem uma coisa boa. O livro conta a história de quatro pessoas que querem voltar ao passado e no fundo, queremos todos o mesmo. Voltam todas para a mesma coisa e isso é bonito, vê-se o que é importante.

Um livro pequenino, que se lê em meia dúzia de horas (como quem diz...), levezinho para a praia (já disse que estou de férias?!) e mais um em 2021.




O tango da velha guarda

Dos vários livros que trouxe para as férias, três foram Pérez-Reverte. Foi um movimento arriscado, considerando que ainda não tinha lido nada dele e comecei pel' O Tango da Velha Guarda porque me piscou o olho. É um livro bastante grande, quatrocentas e poucas páginas, e foi em três dias. Que livraço! A escrita é fabulosa e a história está tão bem contada. Uau, mesmo! Não vou seguir com outro do mesmo autor, porque entretanto a wook esteve com 20% de desconto e encomendei quatro amigos novos, mas será o seguinte, por certo. E depois disso tenho de estudar tudo o que está disponível. Gostei mesmo muito da história, prende imenso, as personagens são super ricas e cativantes e vai com selo de qualidade!




Férias adiadas, férias redobradas? Não exactamente mas...!

Por motivos alheios à planificação inicial, tive de adiar uma semana as férias. Era suposto terem começado a 26 de Julho mas tiveram de avançar, por isso reportarei de bikini, chinelo e toalha, se possível com o corpinho ao sol e um branco fresquinho! Se não reportar, bem, vocês entendem!


Um, dois, três! FÉÉÉRIAAASS!!

Dois bebés quarentena

Uma grande, grande amiga disse-nos em Setembro de 2019 que estava grávida, ainda todos longe de imaginar o que Março do ano seguinte nos traria. O bebé nasceu em Maio, já em plena pandemia, só o fomos conhecer em Agosto - o que nunca aconteceria num cenário normal - e apesar de falarmos com regularidade, não nos voltamos a ver. Um cenário certamente comum em muitas pessoas.

O que aconteceu depois disso é que foi realmente maravilhoso. Quando o bebé tinha três meses, ela descobriu que estava grávida outra vez - o que não estava nos planos, e foi assustador ao início, mas depois só muito bonito! Com um ano do mais velho, nasceu a segunda - um casal de quase gémeos, os dois bebés quarentena (bebés pandemia é só péssimo), prova de que acontecem coisas incríveis mesmo nas piores alturas!

Vacinadas e com cuidados, vamo-nos voltar a ver, quase um ano depois, sendo que a última vez que a vi ela tinha um bebé de poucos meses, passou um ano e volto a vê-la com um bebé de poucos meses outra vez! Nem é por eu adorar bebés; é mesmo porque isto é lindo!

Ao nível do comércio online...

 Deviam nomear, se ainda não o fizeram, um santo do comércio online, para onde nos benzêssemos sempre que necessário, nomeadamente antes de nos desgraçarmos em compras. O caos total nessa matéria se pensar que em dois dias mandei vir uma agenda e cinco livros só porque sou louca.

Que dizer sobre isto?

A minha agenda papel acaba dia 30 de Agosto, pelo que necessitava de substituta e por mero acaso vi uma maravilhosa pela "módica" quantia de 25 euros.

Procurando online, encontrei a 21 euros. Procurando melhor, a 16 - exactamente o mesmo artigo. Paguei-a às duas da tarde de uma segunda-feira e chegou ao meio dia de terça. Como é que faz quando não se compra online? Não faço ideia, a sério!

Dias depois, a wook fez aquela coisa espetacular que eu adoro de informar que tinha os livros a 20% de desconto; mas mais do que isso, de informar que os livros que euzinha tinha na lista de favoritos, estavam com 20% de desconto. Ora, o desconto geral e universal a pessoa gosta; o desconto particular nos seus próprios livros, a pessoa tem de correr atrás! De modos que sim senhora, venham daí cinco livros - mas santo blogger é testemunha de que eu estou sempre a ler! E depois disso fecho os computadores, telemóveis, tablets e outros dispositvos e prometo a santo comércio online que não compro mais nada até aos 78 anos; ai não, espera! Ainda não nomearam esse santo! 

Como assim, DEZ anos?

Há umas semanas falávamos no trabalho sobre aniversários, casamentos e afins e eu comentava que no próximo ano faço dez anos de casada (ao que me perguntaram se tinha casado aos doze e eu achei maravilhoso!). True story no entanto, P. e eu casamos em 2012, pelo que no próximo ano haverá festa grande (ou grande viagem, a decidir).

De qualquer forma, sendo isto absolutamente incrível, o que me ocorreu depois foi que, em data próxima, apenas uns meses antes, faz também dez anos de blog. DEZ ANOS! Como assim?

Surpreendente que ainda o mantenha, mas mais do que isso, inacreditável que tenha um diário físico dos meus últimos dez anos. Tendemos todos a esquecer tudo e eu consigo ir consultar grande parte. Uau! Fiquei fascinada com esta noção - o meu diário da vida adulta! Com aquela vantagem de ser um perfeito desconhecido da world wide web e nessa medida ser exactamente what you see is what you get. Certo que já viu anos de 400 posts e outros de 200 ou menos (130 em 2019, ano mais baixo de sempre) mas ainda assim a média não é péssima e retrata fielmente o que se tem passado, desde as vésperas de preparar o meu casamento, segundo ou terceiro ano a trabalhar, mudanças de cidade (duas vezes!), filhos (duas vezes também), doze ou treze anos de trabalho entretanto, viagens, restaurantes, pensamentos, reflexões, nada de jeito a maior parte das vezes e - ainda hoje - muito de isto, aquilo e outras coisas. Yey to us! E em Março brindamos!

o que importa

Quando fui mãe pela primeira vez, nasceu um medo que até à data não tinha tão presente; um medo enorme de doenças, de catástrofes, de problemas. No primeiro ano a C. teve algumas bronquiolites e eu das primeiras vezes entrava em pânico. Quando na verdade, fossem essas todas as doenças do mundo. O P. dizia sempre que, havendo diagnóstico e cura sem sequelas, estava sempre tudo bem. E começamos a dizer todos que o que importa é ter saúde. A C. foi crescendo a ouvir esta frase e quando era pequenina, mas já falava, se ela fazia alguma asneira e nós chamávamos à atenção (riscou uma parede, partiu um copo, esse tipo de coisas), ela respondia logo na ponta da língua que "isso não importa; o que importa é ter saúde." É uma frase chave em nossa casa.

Quando a ideia de uma nova tatuagem se começou a materializar, eu sabia que teria de ser uma espécie de terapia, uma recordação presente da graça que devemos dar pela sorte que temos, da gratidão imensa que tenho. Mas sou muito stressada, sofro por antecipação, panico com bastante frequência, o meu coração acelera depressa. Nem sempre me consigo lembrar que os filmes que a minha cabeça faz, na maior parte dos casos são mesmo só filmes e está tudo bem. O P. é muito bom a por-me no lugar e eu queria uma tatuagem que fizesse o mesmo.

Primeiro comecei a achar que teria de ser algo na onda da gratidão, obrigada, grata. No fundo é metade do que sou, imensamente agradecida pela sorte que nem se mede que temos. Mas a dada altura, e já depois de ter data agendada, lembrei-me da nossa frase casa: o que importa.

A tatuagem que fiz é uma terapia em fine line. 

Está na parte de trás do braço esquerdo, mesmo acima do cotovelo, são três palavras em letra fininha e perfeita e mesmo que quem a vê tenda a perguntar "mas o que é que importa?" (e eu responda, a brincar porque sou aclubístíca, que "é o benfica"), ninguém precisa de saber o que ela realmente diz. É perfeita como está e a mim diz-me tudo.

O medo outra vez

 Este ano fiz um curso de escrita que foi absolutamente transformador. O exercício da última aula era criar um enredo; eu que não tinha nenhuma história pensada até àquele momento tive um clique que me fez juntar fragmentos de coisas que fui escrevendo ao longo do último ano em diferentes momentos e apresentei um meio enredo no curso, que mudou toda a dinâmica da escrita. A partir daí fiquei louca, como que possuída, a pensar vinte e quatro horas por dia nas personagens, em episódios, em cenas, descrições, lugares. Até ter efectivamente posto a mão na massa deixei passar algum tempo porque tinha medo; medo de que aquilo que via na minha cabeça, não passasse igual para o papel, medo de defraudar as minhas expectativas, de começar a escrever por que talvez algures deixasse de o conseguir fazer. E ali andei, neste limbo, até um dia ter pegado no computador e se ter dado uma outra transformação, ainda mais possuída, sem almoçar, sem comer, a perder-me totalmente nas horas, nos dias, a escrever sem parar, como uma louca, a sair da cama para ir para o computador, a deixar lanches por dar para ir para o computador, a deitar-me cada vez mais tarde. Até ter chegado a um ponto em que parei absolutamente. Talvez tenha coincidido com o ter mudado de casa e não ter encontrado o espaço ideal, ou por não ter computador disponível vinte e quatro horas por dia, mas apenas algumas à noite, o que me obrigava a escrever só nessa altura (e eu gosto das tardes, confesso), talvez por ter ficado sem ideias. O que é certo é que parei e há duas semanas que o texto não avançou uma vírgula, embora esteja sempre a pensar nele. E o que sinto agora, exactamente como há um ou dois meses atrás, é medo outra vez. De não conseguir avançar, de não conseguir escrever, de não ter continuação nem fim para a história, de abandonar sem mais as personagens. Fiquei bloqueada outra vez e é assim que estou, a precisar de me lembrar novamente como é que isto se faz!

Recomeçar

 Talvez tenha prometido cinco posts sem livros, mas que se há-de fazer?

Trouxe para o Verão um grupo de quatro ou cinco e este foi o primeiro.

Não conhecia nada da autora, embora penso que tenha ganho importância com o livro O tempo entre costuras, que se tornou numa série (creio; não vi) por isso não tinha grandes referências e li por sugestão.

A escrita é imensamente madura e segura. Não sei se vinha de livros menos maduros, mas achei a escrita absolutamente sem falhas, muito trabalhada e sobretudo madura. Uma pessoa que sabe exactamente o que está a fazer. Isso foi óptimo!

Até mais de metade da história, não estava exactamente a perceber como tudo se ligaria, o que acho que também é positivo, porque estamos a ler duas ou três histórias paralelas, que naturalmente terão todas de casar porque é um livro, mas ainda não sabemos bem como. Só já muito perto do fim o casamento ocorre, portanto é sempre surpreendente. Uso aqui a palavra "casamento" e não é à toa porque na verdade, eu sendo eu, fiquei toda a história à espera de um casamento verdadeiro (dos que juntam duas pessoas por amor) e, sem querer ser too spoiler, não aconteceu exactamente conforme as minhas expectativas. Mas eu sou uma romântica, já se sabe, e só há um beijo a história toda e é no fim. Ainda assim, o tema principal não é exactamente um romance entre as personagens principais, mas toda a história das que parecem secundárias. Em todo o caso, gostei bastante do livro, sobretudo pela escrita que está amadurecida no ponto certo (tenho de investigar a experiência profissional da autora) - que por outro lado me faz pensar que nunca escreverei profissionalmente na vida mas, ora bem, cada um é para o que nasce!


Nota final só para actualizar os rankings de 2021, com oito livros so far, o que significa que vamos a meio do objectivo anual de 16. Porquê, perguntam vocês? Por absolutamente razão nenhuma; 16 só porque sim! Ou, porque não? Siga o próximo (um autor espanhol, agora)




Update

Tenho um post "me time" em rascunho mas há uma semana que não encontro o tempo de escrita. Mudamos de casa temporariamente, durante as obras, pelo meio a parede entre a cozinha e a sala já se foi, o chão igual e de onde estamos temos vista para o mar mas falta espaço (e um computador!).

De resto,

- Demoramos seis dias inteiros a esvaziar a nossa casa, e nem foi toda porque a maior parte das coisas ficou - ainda assim SEIS DIAS a pôr tudo e caixotes!;

- As obras começaram há uma semana e ainda não fui ver. Mas irei!

- Faltam duas semanas para as nossas férias (mas as miúdas já estão em férias há uma semana);

- Engordei três quilos;

- Marcamos um fim-de-semana a dois no Douro e cancelamos pelas piores razões (havemos de marcar outro quando já não for preciso teste);

- Mas fizemos dezasseis anos de namoro (e fomos jantar fora!);

- Fiz uma tatuagem (e está LINDA!) de que hei-de falar um destes dias;

- Inscrevi a C. na natação, que é quase um feito!;

- Mudei a rotina dos meus pequeno-almoços (um feito ainda maior) e estou a beber um litro e meio de água por dia;

- Pseudo ando de bicicleta ocasionalmente;

- (Ainda assim, já disse que engordei três quilos?)

- Temos o casamento do meu irmão noutro país da Europa, em Setembro e mixed feelings...;

- As vendas do olx estagnaram! (eu que tinha tanta esperança de me tornar comerciante);

- E não tenho computadores disponíveis nesta casa!

(escrevo enquanto o homem me crava olhares ameaçadores porque tem de trabalhar; e eu também!).

Actualizações de informações, assim que necessário!

Como não escrever um romance

No meio dos romances e da ficção, chegou um livro "técnico" (na verdade chegaram dois, mas o segundo fica para a próxima) que era mais ou menos necessário na fase em que estou agora.

Como não escrever um romance é um guia prático e não dicas, isto é, um conjunto de coisas concretas, práticas e objectivas, que manifestamente não devemos fazer se quisermos escrever um livro. Como está nesta lógica inversa, o que NÃO fazer, em vez do que fazer, tem imensa ironia e muita piada! O P. estava sempre a dar comigo a rir às gargalhadas. É super leve, lê-se em dois dias e espero que tenha deixado marcas concretas para o meu processo escrita!


Depois disto, prometo três posts sem livros!




Cenário

Há duas semanas que não almoço;

Nem sei como trabalho;

Deito-me de madrugada;

Levanto-me a meio da noite;

Não sei o que acontece aos dias;

Parece uma espécie de febre;

Estou sempre aluada, noutro planeta, noutra galáxia;

E sinto que a cada momento estou a parir as entranhas.

Numa palavra podia dizer que a loucura se instalou; 

Em duas ou três palavras posso dizer que fiz um curso de escrita em que a última aula era sobre criar um enredo, que a ideia surgiu naturalmente de um conjunto de textos soltos que tinha escrito e que desde então estou freneticamente a escrever um livro, quase sem respirar. É um processo sofrido, tal como um trabalho de parto, e físico, igual a dar à luz, que me suga energia e me dificulta a concentração noutras coisas. Mas espero ansiosamente o dia em que conheça o produto final desta criação - tal e qual o dia em que o bebé nasce finalmente! Antes disso ainda vou fazer uma formação de três meses para revisão, edição e publicação - que podia ser equiparado ao curso de preparação para o parto, que eu não fiz, mas deve ser semelhante!

De modos que é isto! Se for em tudo semelhante a uma gravidez, no início do próximo ano temos mais um membro na família (embora eu ainda esteja na fase da descrença completa mas esperança total!) A ver vamos! Olhem, uma hora pequenina!

A nova índia

 Como já tinha partilhado, acabei o primeiro volume desta história de madrugada e precisava de saber como terminava. Foi assim que encomendei este livro à uma da manhã, sendo que a Wook é a melhor do mundo e mo entregou no dia seguinte. Demorei vinte e quatro horas a ler.

Para começar, como livro gostei mais do primeiro. Mas foi necessário ler este para ter sossego outra vez e saber como acabava.

Já tinha criado laços com as personagens e foi bom vê-los novamente e no fim... no fim acabou precisamente como eu queria, que é algo que me deixa sempre feliz a ler livros. Estava até com algum receio que a coisa fosse dar para o torto e nas últimas páginas andava a espreitar o fim, para garantir que não morria o macho alfa, caso em que me teria de obrigar a parar antes de chegar ao fim. Mas pronto, tudo está bem quando acaba bem e este acabou bem!

Mais dois para a lista e venha o próximo!




A terceira índia

O que aconteceu com este livro foi um claro "não julgues os livros pela capa" - neste caso, não julgues pelas primeiras páginas.

Comecei a ler e não gostei nada do livro; fiz pior, disse logo mal dele. Tinha-o oferecido à pessoa que depois mo emprestou e sentia-me tentada a pedir-lhe desculpa!

Mas depois...!

A pessoa não resiste a um bom romance e a fórmula mágica do triângulo (ela / ele / ele) não falha. Comigo foi aliás, tiro e queda! De tal forma que quando o terminei, e ele termina com "E agora?" - como é que a pessoa aguenta um "e agora??" - tive de encomendar imediatamente o segundo volume para saber como acabava a história! Portanto à uma da manhã, estava nas encomendas online, por acaso para o receber no dia seguinte - tendo-o despachado em vinte e quatro horas, mas sobre isso já falamos!

Fiquei mesmo muito curiosa com o fim da história, acho que a curiosidade típica feminina, por isso se também não resistem a uma história de amor modelo clássico, deixo a sugestão! (E já vos falo do segundo volume!)




9 and counting!

No domingo passado fiquei a ler até à uma e meia da manhã no sofá da sala, o que em retrospectiva não foi a minha melhor ideia, que segunda-feira é dia de trabalho.

À uma e meia da manhã, a passar, e com o despertador a tocar pelas sete, lá me arrastei para a cama, onde senhor meu homem tinha adormecido em calções de praia, com meio cobertor em cima das costas. O que dizer sobre isto?

Primeiro de tudo, o meu marido é um gato! Não fosse este um blog de família logo vos contava o que tinha acontecido, se não fosse uma e meia da manhã!

Segundo, o meu marido ser super gato nove anos depois de termos casado, é francamente incrível! Não só por ser gato em si (o que também é notável, pois podia ter ficado com barriga de cerveja, desleixado e trengão), mas por eu sentir por ele a mesma coisa do primeiro dia, quando passaram nove anos entretanto. Se estivesse na faculdade com as minhas amigas e ele entrasse no NL, o comentário geral era de um gatónico arranhável! Tudo igual, portanto, só com aliança no dedo (tem dias..!) e sexyness no máximo!

Por isso este post é um parabéns a nós, que fizemos anos de casados e somos fofos, frescos e amorosos; e um cheers ao meu homem, que é gato nas horas, gosta de praia, fica lindo de calções de praia e ...


Não me tentes ler o pensamento
Porque ias acabar por corar

São coisas!

Fico sempre altamente surpreendida com a velocidade a que o tempo corre e confesso que não sei mesmo, honestamente, como é que já estamos a meio de Junho, se ainda há dois dias atrás era Janeiro. É mais ou menos a mesma coisa que se vai passando aqui: entretanto passou um mês desde o último post e eu era capaz de jurar que ainda hoje de manhã cá vim.

Entre uma coisa e outra andei ocupada com a escrita, com um curso de quatro semanas e a terminar o de treze, mas mais importante ainda, comecei a escrever um livro. Não é "um" livro; é o meu livro, na verdade - que pode vir a não ser nada (é o cenário mais provável, que nem se quer saia da gaveta), mas estou tão entusiasmada com o processo como se já o tivesse em venda!

Primeiro é um dos meus sonhos de criança!

Segundo, sempre achei que não seria capaz de criar uma história que fizesse um mínimo de sentido;

Terceiro, o processo em si de criação é absolutamente maravilhoso - e sofrido em igual medida.

Tenho as ideias aos saltos na cabeça e avidez de as colocar no papel e estou muito, muito ansiosa com o resultado final! Mesmo que, lá está, nunca venha a sair da gaveta depois disso!

Paralelamente, estou a terminar um conto infantil com que me irei candidatar a um concurso de escrita - o que também não vai dar em nada, como está bom de ver, mas a participação, para quem escreve, acho muito importante.

Tudo somado, sim verdade que o blog esteve às moscas um mês inteiro (eu continuo a achar que foram uns dias), mas escreveu-se noutros locais e o que importa é isso: escrever, escrever, escrever!

Já agora, falando em "importar" e em tempo, estou a um mês da próxima tatuagem, processo igualmente maravilhoso e sofrido portanto se cá só voltar em Agosto, volto mais pintada!

História do novo nome

Ora então, Ferrante outra vez.

Maio e Junho estiveram um pouco empenados na leitura e a culpa foi do suspeito do costume. Curiosamente este segundo volume é ligeiramente maior do que o primeiro mas lê-se melhor, contudo, e ainda assim, demorou-me mais do que gostaria.

Pontos positivos:

Consegui ler com mais entusiasmo que o primeiro, que não tinha adorado e acho que no global a dinâmica está melhor conseguida. Tem mais trama e é mais mexido.

Contudo, pontos negativos:

Continua a ser Ferrante. A pessoa lê, lê, lê e no fim não chega a lado nenhum. Pessoalmente acho isso incrivelmente frustrante num livro. Apesar de obviamente muito bem escrito, não é, para mim, uma obra prima da literatura, lê-se bem mas não é divinal; por isso ler 400 páginas e chegar ao fim como se podia chegar a meio, frustra-me. Sim, também não sei bem porque o leio... Claro que se fica com alguma curiosidade de saber o que vem a seguir, porque é que o Nino apareceu na apresentação do livro e o que irá acontecer, mas não é aquele desespero, ai meu Deus se não leio JÁ o terceiro volume tenho uma coisinha; não, é só sem sal - mas sabem que eu não sou a maior fã desta tetralogia (embora talvez venha a ler o terceiro, não poso garantir que não o faça, apesar de tudo..!)

Ainda assim, não vai para os tops do ano, mas este ano não é fácil, depois de um Apneia e um Lá onde o vento chora, por isso entrei directo no seguinte (que estou a terminar) e volto em breve!




Se é para ser, então bora!

Quando a pandemia ainda não tinha começado em Portugal, eu já estava francamente em pânico! Em Fevereiro já me queria fechar em casa e não falar com pessoas por isso quando se avançou para o primeiro confinamento, eu respirei de alívio, mas sofri muito, ainda assim, com o receio do que podia acontecer - mesmo os quatro fechados e isolados em casa. 

No segundo confinamento, as escolas ainda não tinham fechado e eu já pedia a todos os santos que fechassem porque tinha, novamente, imenso receio. Foi um alívio fechar tudo e isolarmo-nos outra vez - sendo que entre a primeira e a segunda vaga, nunca deixamos de trabalhar a 100% em casa.

Passamos por isso um ano muito fechados em nós, com alguma actividade social no verão de praia casa e casa praia (às tantas já nem ao parque íamos) mas fomos uma única vez jantar fora (e a uma esplanada) e a única loucura foi o fim-de-semana dos anos do P. em Setembro - sendo que nos da C. em Outubro marcamos, fizemos as malas e depois não fomos e desfiz tudo à hora de sair de casa.

Entretanto as coisas começam a melhorar e decidimos que, a aproveitar, deve ser agora - antes que tudo piore outra vez! Dizemos isto mas é tudo com juízo e o mais na rua possível. Mas ainda assim, passamos o fim-de-semana fora! Foi, literalmente, a loucura total! Pareceu um mês de férias num resort de luxo com tudo incluído! Sendo que na verdade foram dois dias a 150 km. de casa. Mas tinha quarto de hotel, tinha pequeno-almoço de hotel, tinha piscina de hotel e tinha passeio! E foi TÃO bom! As miúdas deliraram com a piscina e nós aproveitamos imenso também - sem dúvida a repetir!! E com fé que isto tudo passe!

Abrir o peito e aceitar

No final de Abril organizei, com duas colegas, um evento de duas tardes para três equipas. Éramos trinta e poucas pessoas, deu (ainda assim) imenso trabalho, mas foi (verdadeiramente) um gosto! Do evento faziam parte dois worskhops, de onde saíram algumas ideias e palavras-chave - que usamos depois para estampar numa recordação que enviamos a todos os participantes. A imagem que estampamos fomos nós que criamos, desde a folha em branco até ao resultado final; como tal, olhamos para ela dezenas de vezes, vimos, revimos, refizemos, tornamos a ver; depois disso circulamos entre algumas pessoas e enviamos a versão final para todos os trinta e tal participantes. Depois disso, enviamos ao fornecedor dos presentes, que estampou a imagem, imprimiu e entregou em casa das pessoas.

Tudo normal!

O detalhe desta história é que numa das palavras da imagem, havia um erro. Numa palavra de cinco sílabas, repetimos uma. Resultou uma palavra estranha e mesmo uma coisa muito ridícula! Sentimo-nos cobertas em vergonha; especialmente porque não fomos nós a reparar, mas sim um dos participantes que nos chamou a atenção. Rastejando na vergonha!

Reunimos de emergência com o fornecedor para perceber alternativas, negociamos o melhor preço possível para uma eventual reposição, contactamos outro fornecedor de autocolantes, como terceira alternativa e passamos uma manhã em stress com a asneira que fizemos. Até que reunimos com quem de direito para expor o caso, assumir responsabilidades (e o custo, obviamente!) e a reação dele foi surpreendente. Não só se riu imenso, achando imensa piada à história; como nos proibiu em absoluto de avançar com qualquer substituição ou arranjo. Qual era o mal? É só uma palavra! Deviam brincar com isso.

Na manhã seguinte estava com o e-mail aberto para escrever uma chamada de atenção / pedido de desculpas a todas as trinta pessoas; saiu-me algo como sermos tão espetaculares que as palavras normais já não chegam e temos de inventar novas; e o que se passou a seguir foi um abraço digital.

Toda a gente apreciou a criatividade da assunção do erro; mas mais do que isso, toda a gente deu os parabéns pela humildade de o assumirmos. Abrir o peito e dizer: fizemos asneiras, não é grave, vamo-nos rir e seguimos em frente. Foi uma onda de aceitação e apoio, mesmo bonito. E que me pôs a pensar que, na verdade, se calhar às vezes estamos tão focados a resolver eventuais erros que fazemos, que não vemos que podia ser melhor simplesmente admitir e avançar. Às vezes, não há mal nenhum e não há julgamento. No nosso caso só houve mesmo suporte e uma nova palavra inventada! 

Olha que coisa mais linda!

 



Se não é o caderno mais bonito que já viram em toda a vida, olhem melhor! Este fofo, lindo, coisa boa, foi a minha prenda do dia da mãe e estou apaixonada! Tão apaixonada, que ainda nem consegui escrever nele, para não estragar! - é um problema que tenho com cadernos bonitos.

Andava a namorá-lo há séculos na Note, mas o meu santo marido mandou vir da origem, em cadernointeligente.pt  onde há mil e uma coisas e fiquei perdida já mil vezes. Quero tudo! Depois não digam que não sou amiga!

Tenho um assignment para esta semana

No início da semana, porque as segundas são particularmente difíceis, o homem deu-me esta missão de responder a uma pergunta tão simples e singela:

- (se não tivesses de pensar na parte financeira) o que queres mesmo fazer?

Não é bonito? E incrivelmente complicado, já agora?

Podia ser técnica das finanças, mulher do lixo, vendedora de hambúrgueres, presidente da república, voltar a estudar... o céu é o limite! O que é que eu queria mesmo fazer?

A triste resposta desta questão é que não tenho bem a certeza. E é triste em si mesmo, por não saber exactamente, mas triste sobretudo porque podemos ser tudo e simplesmente não somos, ou por falta de imaginação ou de coragem. Acho que isto faz de mim uma pessoa mais vazia e menos interessante, o que é sempre chato. 

Na verdade, se eu pudesse ser tudo, gostava de fazer festas e organizar eventos, gostava de ter uma papelaria and stuff cheia de luz, com eventos, espaços de festas e memórias maravilhosas.  

Mas também queria ser mãe a tempo inteiro, ir levar e buscar da escola a horas em que pudéssemos brincar na rua, participar nas actividades, ajudar com os trabalhos, levar a casa dos amigos, receber amigos em casa, levar e trazer de actividades extra curriculares, como a dança, a natação, o ballet e ter tempo para eles. Não precisar de dizer nunca "agora não posso, estou numa reunião" porque podia sempre e o tempo era meu. 

E gostava ainda de escrever e viver da escrita. Fazer formação aprofundada na área, colaborar com alguma publicação, escrever textos para aqui e para ali e, em última linha, escrever um livro, um conto infantil, uma história com capa, contracapa e em venda em livrarias. 

Se são ideias que pagam as contas? De certeza que não, mas a premissa era não pensar em dinheiro. 

Se teria coragem de avançar? Ora aí está!

Seria impossível mudar radicalmente de vida sem pensar em todos os contras, no fundo porque não gosto muito de riscos. Era toda uma criação, concepção, desenvolvimento, implementação, lançamento e vida onde eu, com a minha espetacular habilidade de ver o lado negro, encontraria mil falhas e não avançava. 

O assignment desta semana tem por isso uma resposta tão difícil: na verdade, para ser tudo o que eu quisesse, primeiro tinha de deixar de ser parcialmente quem sou.

Hello Shark Tank? Cisca's talking!

Pois é, sou uma empreendedora (cof, cof!) e uma mulher de negócios (cof, cof, cof!) porque me estreei, nada mais nada menos, do que no mundo encantado do OLX! Ah pois é bebé!

Quantos milhares de euros fiz até agora?

Ora bem, diz que isso não é importante; importante é contribuir para o mercado de bens em segunda mão, que é sustentável, amigo do ambiente e fofo em geral. Por isso os milhares (quiçá milhões!) que realizei até à data não relevam para esta equação (mas tinham valor quase zero, se querem mesmo saber!)

Tudo começou quando numa bela tarde de sábado, fotografei dois móveis e criei dois anúncios. Fiquei tão orgulhosa! Senti-me mesmo um vendedor à séria!

Uns dias mais tarde recebi dois contactos por causa de um dos móveis e no final dessa semana, um estava vendido! Claro que eu senti imenso receio de que o alegado comprador fosse na realidade um raptor de rins e temi, juro que temi, pela minha vida e integridade física; mas no final do dia era mesmo uma senhora amorosa que veio buscar o móvel! Que espetacular! (eu sou mesmo fácil de contentar, caramba!). Entretanto, no espaço que o móvel vendido deixou livre, decidi precisamente dar ocupação ao outro móvel também em venda e troquei-o de sítio! E não é que ficou amoroso? Cancelei portanto o segundo anúncio, mas não fosse o cancelamento era mais uma história a juntar ao meu longo role de vendas privadas online (not!).

Semanas mais tarde, nova saga de mercadoria posta a venda, a bom preço, venha ver freguesa!

O quê, perguntam vocês? Uma cama, pois claro, que quem vende cómodas, vende camas e somos todos amigo do mobiliário.

História da segunda venda: não tão fascinante e surpreendente como a primeira, mas com aquela esperança sempre em alta. Duas pessoas manifestaram interesse mas abandonaram-me à porta da igreja, ou seja, mesmo ali no momento em que já eu dizia sim - e não aconteceu! Mas não desanimem amigos!; melhores dias virão e depois da cama haverá uma mesa de cabeceira, um candeeiro e tudo o mais em que os meus olhos baterem, que agora que lhe tomei o gosto, não há quem me pare! Olé!

Estou ali na loucura entre...

Estou entre começar (mais) um curso de escrita, inscrever-me no ginásio e voltar a fazer manicure! Say whaaat? 

Poir é!; True story!

O curso é um clássico eu! Adoro tudo o que seja formação de escrita, aprendo sempre imenso e desprende-se das páginas em branco. Este é online e começa em Maio. Vamos ver!

Ponto dois: o meu homem (mas outro dia ouvi alguém a dizer "o meu senhor" e adorei!! Talvez adopte); dizia eu, o meu homem anda a tentar convencer-se a inscrever-me no ginásio com ele, uma coisa em bom, em que treinamos com pt só os dois. Vantagem: como o ginásio só recebe duas pessoas de cada vez, se eu for, ele não está a treinar com uma gata qualquer ao lado; por outro lado, não adoro ginásio, toda a gente sabe, e preferia comprometer-me a andar a pé quatro vezes por semana, 4km de cada vez. Decisions, decisions..!

Último ponto da ordem de trabalhos: há séculos que unhas minhas não põem os olhos num bom de um verniz gel e temos de acabar com isso. É uma medida de auto cuidado e saúde mental por isso extremamente necessária! A implementar na próxima semana, se até lá não mudar de ideias.

Em resumo, ensandecemos de vez mas só coisas boas!

Já noutro plano de vida...

 ... Vamos começar obras! OBRAS! Socorro! Obras tão grandes que vão demorar DOIS MESES. Desde esburacar paredes até abrir janelas. Toooooda uma coisa! Confesso que só penso no pó e caos e não consigo ver para além dessa nuvem de sujidade e blergice em casa. Mas possivelmente o resultado final (que eu não imagino nesta data!) vai compensar toda a loucura! Fingers crossed!




Uma carta de semi despedimento

Estou há cinco anos a trabalhar em algo que não me alegra particularmente os dias, que tem bastante importância, alguma visibilidade e que é uma área relevante mas que não me faz feliz. Já tenho referido por aqui que o problema e terem-nos dito que podíamos ter sonhos e realizá-los e que devíamos ser felizes no trabalho. Quando o trabalho era só isso, trabalho, era tudo mais fácil. Agora podemos ambicionar maiores voos e isso dá cabo da coisa.

(Ou não!)

Estou aqui há cinco anos, primeiro porque sou uma árvore, depois porque não adoro mudanças e por último porque há muitas coisas boas no meu trabalho (salvo o trabalho em si mesmo). Com isto fui adiando uma decisão mas encontrei agora uma alternativa.

Apresentei uma carta de semi-despedimento - sendo que isto é uma força de expressão: não só não foi carta, como não me despedi. Foi um comunicado oral de que até ao final do ano vou mudar de área. e soube-me tão bem como uma carta de rescisão escrita por mim!

Quer isto dizer que não sei para onde vou, quando vou ou como vou. Mas sei o mais importante: irei! Estou em fase de procura de área, mas há muitas, somos imensos! e certamente uma será a minha cara.

No dia seguinte disseram-me que há muito tempo que não me viam com tanta luz e acho que só pode ser bom sinal. Agora, esperar. Mas até ao final do ano é um piscar de olhos! Let's GO!

A agenda perfeita

Tenho andado a namorar os cadernos inteligentes, que além de LINDOS, têm essa característica especial de podermos fazer dele o que quisermos! Já tenho no carrinho de compras o meu, que ainda não comprei porque há acessórios em falta, e com ele vou desenhar A AGENDA PERFEITA (ou talvez não porque não há folhas de agenda, mas deu-me o mote, you know what i mean!)

Uma agenda perfeita, by Cisca

- Tamanho A5

- Argolas largas

- Capa dura



- Calendário anual no início



- Calendário mensal: uma página / um mês / 30 linhas



- Calendário vista semanal: uma semana para duas páginas quando em modo "livro aberto"



- Separadores mensais com abas



- Página em branco no fim de cada mês

- páginas em branco no fim da agenda



- páginas de listas no fim da agenda



- bolso porta documentos



E é isto? Básico, fácil e maravilhoso!

(imagens meramente ilustrativas e que não expressam exactamente os meus maiores sonhos!)



A casa inundou e agora apanhamos sol mais vezes!

Eis algo que o meu marido diria! A sua capacidade de ver o lado positivo nas coisas mais negras é uma prenda de Natal todos os dias, juro! Por isso consigo perfeitamente imaginá-lo a dizer isto, como disse aliás algo muito semelhante - já lá vamos!

Aconteceu no início de Janeiro termos ido passar um fim-de-semana à casa da praia, mas depois disso passaram-se cinco ou seis semanas (sendo que choveu todo o mês de Fevereiro) em que não voltamos. Chovia, estava frio, confinamento, etc. Até que um belo sábado decidimos ir de uma casa a outra casa, sem contacto social pelo meio, só para ir abrir as janelas e arejar.

Assim que entramos no prédio sentimos um cheiro diferente do habitual, que se intensificou à medida que fomos chegando à nossa porta, sítio em que cheirava francamente muito mal. Abrimos a porta e quando entramos no nosso quarto, não chorei porque tenho 34 anos e vergonha na cara. Uma parte do tecto do nosso quarto tinha caído e chovia lá dentro - chovia de tal forma que tive de colocar sete baldes / bacias / recipientes, para apanharem todas as pingas. Chão molhado, as duas cómodas (novas!) destruídas e - sobretudo - a nossa casa linda que ainda cheirava a tinta e a novo, parcialmente destruída! Foi aquele choque misturado com tristeza. A nossa rica casa..!

Avançando algumas semanas para a frente, já lá voltamos duas ou três vezes para abrir tudo e apanhar sol - daí dizer que inundamos a casa mas, em compensação, fomos mais vezes lá do que teríamos ido se estivesse tudo seco. Aqui o P. diria "ainda bem que inundou" - ou algo aproximado! Porque foi precisamente aquilo que disse quando concluiu que um pedacinho de uma parede do quarto das miúdas que tinha descascado o ano passado também ia ser arranjado agora junto com as restantes obras. A sério? Ainda bem que ficamos com um quarto destruído para arranjar 5 centímetros do quarto ao lado? O meu marido é realmente essa pessoa (e ainda bem!!).

Isto posto, ainda no fim-de-semana passado lá demos um salto (cheira cada vez menos a chuva e tecto desfeito) e apanhamos tanto sol, foi tão bom! Que dia maravilhoso. Andamos em passeio higiénico de bicicleta lá perto de casa, enquanto que as paredes e tectos apanhavam ar e se preparavam para as obras que devem ser (fingers crossed!) na próxima semana. Esperança portanto de retomar a casa cheirosa a tinta, novinha em folha outra vez, a dar-nos um sorriso de "adoramos esta casa" sempre que lá entramos. É que afinal, já não falta tudo para a nossa mudança anual de dois / três meses para lá!

Arrumar brinquedos!

Em nossa casa os quartos são espaços de dormir que têm apenas, além das camas, livros. Uma estante biblioteca no caso do quarto das miúdas; livros na cómoda, mesinhas de cabeceira e por aí, no caso do nosso quarto. Mas não há brinquedos nem tralhas.

Os brinquedos e tralhas, em nossa casa, estão num "cantinho dos brinquedos" que tem algumas coisas, que mais usam; e estão sobretudo numa sala no andar de baixo, que junta sofá com tv para filmes e espaço de brincadeira. De resto, um projecto que fizemos algures em Dezembro de 2019, quando demos uma nova vida à sala (falei sobre isso aqui).

O que acontece de forma generalizada durante a semana mas muito acentuada ao fim-de-semana, é que a sala vira caos. Os brinquedos espalham-se por todo o lado e é uma loja ambulante de paraíso infantil! O que acontece a todo esse caos? Tentamos contar com a contribuição delas para arrumar, o que nem sempre acontece, mas é muito frequente o P. e eu andarmos a arrumar tudo depois de as deitarmos (até porque o critério de arrumação de duas crianças é ligeiramente diferente do nosso). Não posso garantir, mas com grande probabilidade já terei dado comigo a resmungar por ter de arrumar tanta coisa. 

Até que recentemente tive uma epifania. 

Tenho andando em luta com as miúdas porque ultimamente só querem saber da consola e tudo começa e acaba com o Mario e a Switch. Concordo que a consola é gira, os jogos estão altamente bem construídos, acho até que lhes aguçam ali a curiosidade, espírito de equipa, capacidade de resolver; contudo, tudo tem os seus limites e eu ando ali na linha vermelha no que à tolerância a consola diz respeito. Por isso percebi recentemente que o facto de arrumarmos muitos brinquedos ao final do dia, significa que elas brincaram com muitos brinquedos. No fim-de-semana passado a única coisa que arrumamos foram meia dúzia de legos na caixa. E os jogos? E a plasticina? Barbies? Bonecos pequenos? E o caos? Onde está o caos? Prova de que há sempre margem para reclamar! A culpa disto, no fundo, é do confinamento. Pais a trabalhar em casa, com crianças em casa, 24 horas por dia, só os quatro, resulta em mais tempo nos jogos e na televisão porque há reuniões para se fazerem, há silêncio que tem de ser feito, há trabalho que não pode esperar. E o vício a crescer nas criaturas. Anseio pelo verão, praias, piscinas, mundo!, para estas alminhas se esquecerem que um dia tiveram uma consola e voltem a espalhar brinquedos por todo o lado!

Durante a queda aprendi a voar

 Ora bem...

Sabem quando lemos "livro mais vendido" e ficamos com curiosidade perante tamanho sucesso?

Era mais ou menos o que estava a acontecer com o Raul Minh'Alma. Confesso que o vi algures na televisão e não me pareceu inspirador mas, ainda assim, tinha alguma curiosidade. Acho que não compraria o livro (mas por preconceito) mas recebi-o de prenda e tinha obviamente de o ler.

O que dizer?

A escrita é muito fraquinha, fiquei muito desiludida. Gosto imenso de ler autores portugueses porque escrever e ler a língua no original é sempre mais fiel mas, bolas!, que desilusão. Nem se quer consigo entender como é que é o autor do livro mais vendido em 2019. Acho que isto diz muito de nós, enquanto leitores. A escrita é básica, próxima da escrita de adolescente. Falta maturidade, falta elegância, falta gosto. É mesmo como ler uma composição do sétimo ano mas que vem em modo livro.

Para além da escrita, a história em si não me fascinou por aí além. Tinha tanto espaço para o tema da saúde mental e ficou muito aquém do que podia ter sido. Além disso, o twist final, embora ainda bem que aconteceu já que caso contrário, então seria mesmo um livro péssimo, colocou a classe médica num sítio de descrença, como se algum médico fosse mesmo aceitar aquilo e poder continuar a chamar-se médico depois disso (não vou revelar detalhes porque não gosto de spoilers!).

Resumindo, repito a ideia de que devemos ler tudo, bons livros, maus livros, livros médios e este honestamente foi um livro fraquito, de praia, que não maravilhou pela história e que sobretudo desiludiu bastante pela escrita (mas, bem sei, veio depois do Apneia e esse lugar era muito difícil para se estar, verdade seja dita!).

Seguimos para um segundo volume de uma história que comecei o ano passado (e não adorei!), que curiosamente está a surpreender bem mais do que o número um da coleção. Já cá voltamos com novidades!




Cisca também fala de electrodomésticos

 Que dia melhor, se não o dia das limpezas, para partilhar a melhor compra de 2020?

Domingo, pois claro!

Enquanto esta vossa amiga se entrega às lides da casa (que em tempos de tele-escola tiveram de transitar novamente para o fim-de-semana, com pena minha), deixo a dica mais preciosa no que à aspiração diz respeito!

Algures o ano passado o nosso aspirador normal avariou, sem remédio, e aproveitamos a deixa para comprar um dos verticais. Após muito estudo e procura, encontramos um cuja relação preço-qualidade nos pareceu boa (ainda assim, uma promoção qualquer) e veio a habitar a nossa casa um aspirador destes de pé, que é só a maior ajuda de sempre! Nada a ver com o trambolho que temos de ligar à corrente e carregar às costas a cada divisão. O único defeito destes é, contudo, e naturalmente, a autonomia, dado que não permite uma hora de aspiração no modo mais eficaz (apenas 20 minutos. E 50 num modo menos forte). Mas, ainda assim, se o colocarmos a carregar, entre coisas, faz o mesmo efeito. É tão mas tão mais prático do que os tradicionais! E muito mais rápido. Não tem sacos que é necessário substituir e facilita mesmo imenso a vida! Acho que não há um único dia da semana que não o utilizemos, porque agora são as migalhas do pequeno-almoço, depois os grãos de arroz que (não) almoçamos, e logo o pão do lanche e as bolachinhas depois. Quem tem crianças vai entender. 

Isto posto, já tinha partilhado a melhor ideia, esta é sem dúvida a melhor compra do ano!



Só para dizer...

 ... Que faço anos dentro de dias!

Sim, eu sei, já não sou exactamente uma criança para andar a contar os dias, ainda para mais este ano nem festas podemos fazer mas, ainda assim, não obstante, todavia, contudo, gosto de fazer anos. Gosto, pronto! Claro que um dia vou querer deixar de contar e ficarei para sempre algures nos 40, 50, 60, não sei, mas até lá em que, na brincadeira digo, ninguém me dá mais do que 25, venham daí os aniversários!

Assim, fim-de-semana prolongado este próximo, com dia de férias pelos meus'janos e viva, viva!




A minha filha I.

 A minha filha I. tem caracóis ondulados em túneis enormes que parecem um ninho de andorinhas bebés. Tem cabelos indisciplinados, que teimam em não fazerem o que eu gostava. Não esticam, não se alinham, crescem sem regras e fazem o que querem. A minha filha I. é igual aos seus cabelos, uma combinação perfeita de caracol e personalidade: autónomos, independentes, sabem da sua vida, ninguém manda neles, não adianta pentear para a direita, se eles quiserem ir para a esquerda, quem manda são os caracóis. Mas depois são loirinhos, amorosos, cheiram bem, são engraçados, têm tanto de rebelde como de maravilhoso. A minha filha I. é a personificação dos caracóis que tem. E ás vezes dizem-me que devia pôr ganchos ou elásticos e teimar em disciplinar os cabelos, mas eles são como são e ela também. Um mogli de pés sempre descalços. Que trepa aos móveis, bancos e mesas e come a fruta toda à mão. Que só quer rua e passeio e mundo, que se concentra a espaços de cinco minutos mas que é capaz de fazer um puzzle durante meia hora. Que me diz: "ai a menina!" se lhe digo alguma coisa que não gosta. Mas que tem tanta, tanta piada. Não é possível resistir a este bebé furacão, esta macaquinha maluquinha que logo a seguir diz "adoio a mamã!" E que cada vez mais percebo que é uma mini pessoa, mais uma "one of us" neste gang família, que come hambúrguer no sofá à sexta-feira à noite enquanto vemos um filme e que alinha nos programas todos. Entra nos planos, tem opinião, diz "deixem-me falar" e quer-se impor. Esta meia leca, dos caracóis despenteados a desafiarem todas as regras, tal e qual como ela. Meu bebé!

Bairrismo do século XXI

Estou a experimentar algo como viver num bairrinho, numa aldeia, num meio pequeno mas em pleno século XXI.

Descobri há umas semanas uma pequena mercearia de bairro, amorosa, com coisas óptimas, óptimas! E uma das vezes que lá fui percebi que fazem entregas em casa. Ora, naqueles dias de caos total em que se precisa de alguma coisa de última da hora, é só maravilhoso enviar uma mensagem à mercearia e eles trazerem cá a casa. Um absoluto luxo! A pessoa pergunta se tem bananas, maças ou pão; eles dizem o que há fresco e trazem em dez minutos (fica a 300 metros!). Gosto tanto, tanto disto! Espero que durem muitos e bons anos porque além de as coisas serem mesmo muito boas, eles são uns queridos enormes e a comodidade do serviço que prestam não tem limites! Com o plus de terem um projecto de esplanada e mercadinho semanal, assim que a coisa acalme! Um mimo de bairro!

Apneia




Ainda estou a digerir.
Que livraço!! Palmas à Tânia Ganho, bravo!
Tenho para mim que se chama apneia porque se lê sem respirar, ficamos em suspenso, nas 700 páginas (que li em dois dias!), completamente vidrada no que vem a seguir - mas com muita necessidade de pausas de vez em quando. É muito, muito forte. Muito pesado. Um livrão, mesmo! Tão violento. Tão invasivo. Nem coragem tive de o levar para o quarto, deixei-o sempre pela sala, não fosse assaltar-me os sonhos, intrometer-se durante a noite. Tenho a certeza que nunca mais me vou esquecer deste livro. Magistralmente escrito. U-A-U!


Ainda a propósito do dia dos namorados!

És o sol em agosto

O nevar de dezembro
És tudo quanto o que eu gosto
Tudo o que me lembro
A canção que me acalma
O café quente na cama
És poiso p'ra a minha alma
Quando a noite te chama
És todas as histórias e todos os clichês
Todos os romances de era uma vez
És o amor eterno de Pedro e Inês
Coisa mais bonita que Deus fez
És calor de fim de tarde
O avesso da neblina
A lua em cada fase
A flor de cada esquina
O meu porto de abrigo
A minha oração
O meu melhor amigo
A razão desta canção
És todas as histórias e todos os clichês
Todos os romances de era uma vez
És o amor eterno de Pedro e Inês
Coisa mais bonita que Deus fez


Carolina Deslandes
Coisa mais bonita

A melhor ideia de 2020!

Fomos acumulando ao longo dos anos várias fantasias de Carnaval. Primeiro as da C., depois as da I.. Temos já uma bela coleção, entre princesas, Frozens, Patrulhas Pata. 

Como elas usam imenso os vestidos (que estavam guardados naqueles sacos de roupa no cimo de um armário), no final do ano tivemos a melhor ideia de sempre (na verdade, tiramos inspiração da casa de uns amigos, mas dá no mesmo!)

Que ideia foi?

Charriot e cruzetas! Coisa mais simples!

Tiramos tudo do saco de roupa, fomos buscar cruzetas coloridas e penduramos tudo, num carrinho que agora está sempre à mão de semear! Ficou maravilhoso, parece um dia de festa todos os dias e elas adoram. Não há dia nenhum que não usem os vestidos e já o colocamos a uso já em Dezembro. Entretanto fomos juntando outros, recebidos no Natal e comprados agora para o Carnaval. Não se sai de casa mas não faz mal. Festa é quando quisermos!



Me on Valentines day

Andei a procurar um Meme para esta situação, mas sem sucesso.

Em todo o caso, é isto:


Pessoa não gosta do Dia dos Namorados;

Pessoa recebe um ramo de flores com um cartão;

Pessoa AMA o dia dos namorados!


É muito isto!

Não sei bem de onde vem esta minha ideia "não gosto do dia dos namorados" mas acho sempre que não celebramos, não damos nada, não somos melosos.

Mas depois, começou por: ok, vou só encomendar um bolinho que qualquer dia é desculpa. Ah, já agora, também podia fazer um jantarinho mais coiso, sempre aproveitamos; Também pensando melhor, podia comprar qualquer coisinha. E pronto, do nada se faz uma comemoração do dia dos namorados, mesmo para mim que não gosto do dia dos namorados. Este ano, começou também por terem vindo entregar de manhã flores amarelas com um cartão que me fez logo chorar! E flores amarelas é felicidade, toda a gente sabe! De tarde recebi brigadeiros! Mega dois em um! Fizemos um jantar a dois, que contou com a presença de miss I., que não fazia sesta desde 1970 e no domingo decidiu dormir duas horas depois de almoço, pelo que andou aqui à nossa volta, a brincar, a fazer puzzles, a saltitar! E está tudo certo: pais de crianças a serem pais de crianças! Mas melosos e pirosos, como o amor deve ser!