Cookies e casas
A história dos cookies, que agora abundam em todos os cantos e recantos da internet, remonta aos tempos em que alguém chegava a um novo prédio ou bairro e era simpaticamente recebido pelos vizinhos, com bolachas de boas-vindas, que visavam afinal não mais do que CUSCAR.
É o que fazem os cookies actualmente; cuscam toda a nossa actividade na net e devolvem-nos sugestões igualmente simpáticas de coisinhas que certamente no farão felizes.
Os cookies são aliás tão eficazes que há estudos a demonstrarem que os compradores on-line consumidores de livros preferem os livros sugeridos àqueles que compram por sua livre criatividade.
Confesso que me assusta procurar numa loja online cuecas e visitar uns dias depois um site de viagens e encontrar precisamente anúncios de roupa interior. Não quer dizer que compre cuecas na internet; por acaso não compro.
Apesar de me fazer alguma confusão (mas eu sou antiga, já se sabe), há alturas em que estas sugestões são bastantes úteis. E com o tempo que passo ligada a um computador, estou certa que o google me conhece melhor que algumas pessoas.
Não podendo fugir aos cookies, decidi juntar-me a eles.
Mais ainda; decidi colaborar activamente, na expectativa que me retornem sugestões à medida das minhas necessidades.
Assim sendo, querido google, reforça estes amiguinhos no meu computador, assim à séria, artilharia pesada, manda vir o que tiveres, a ver se percebem exactamente a casa que ando à procura - está dentro da minha cabeça e espalhada em milhares de pesquisas, não é difícil. E da próxima vez que me vires a fazer compras, seja do que for, estás plenamente autorizado a sugerir o link d'A Casa. Estamos combinados? Obridadinha e bem haja.
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