Uma ode ao comércio tradicional
Foi em 2005 que descobrimos o encanto de fazer compras de Natal no comércio tradicional (podia fazer um cartaz publicitário com isto). Desde essa altura que é uma tradição de Dezembro, de dias frios e de sol, outros de chuva provavelmente. Há sempre compras que são feitas localmente. Eu diria que a maior parte delas, embora por vezes acabe por ser necessário recorrer a uma grande superfície para as coisas mais difíceis.
Este ano não foi excepção. Compramos algumas coisas na Baixa do Porto e noutras cidades por onde andamos também. E mais uma vez constato, não há nada que chegue ao comércio tradicional. A simpatia, a atenção, a disponibilidade, a calma. Sou fã.
Recentemente fiquei ainda mais fã quando liguei às 19:25 h. para uma loja para saber a hora de fecho e a conversa foi:
- Boa tarde, diga-me por favor a que horas fecham.
- Fechamos às 19.30 h.
- Ah.. hum.. ok, obrigada.
- Mas porquê, precisava de alguma coisa? Se for urgente eu espero um bocadinho.
- Não, não era urgente, era uma troca.
- Mas termina hoje o prazo? Como falou comigo, damos mais uns dias.
- Não, obrigada mas o prazo não termina hoje. Eu é que vivo no Porto e não venho cá todos os dias.
- Quanto tempo demora a chegar?
- Talvez uns 10 minutos.
- Venha então que eu espero. Vou fechar a porta mas pode bater.
Ora, chegada à loja, entreguei o que queria para troca e ia pedir um vale para não ficar ali a gastar mais tempo da menina enquanto escolhia o que queria.
Pois que insistiu em que eu trocasse à vontade, demorasse o tempo que quisesse, não havia problema nenhum.
Saímos da loja às oito da noite, desfazendo-nos em agradecimentos e recebemos de resposta um,
- É Natal, temos de ser uns pelos outros!
Adoro - desta vez, mesmo - pessoas!
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