Véspera

 Vinha com a expectativa mais ao menos ao nível do céu porque o Tudo é Rio, da mesma autora, foi um livro que amei profundamente. Por isso cheguei aqui à espera de um feito igual.

Mas aconteceram dois gémeos iguais, chamados um Abel e outro Abel mas que na verdade era Caim. E uma Veneza e uma Vedina e a meio eu já os confundia a todos. Já não sabia se a Veneza era casada com o Caim ou o Abel ou se era a Vedina ou quem fez o quê.

A premissa da história é incrível - uma mãe abandona o filho numa etsrada super movimentada, deixa-o lá e cinco minutos depois arrepende-se, volta atrás e ele já não está. Mas depois tudo o resto foi confuso para mim. Incluindo a parte final. Adoraria que alguém me contasse quem encontrou o filho. Fiquei perdida. E triste na verdade, porque esperava TANTO e não aconteceu..



Deus na escuridão

 Eis um exemplo do que é escrever perfeito.

Uau!



Vê se cresces, Eve Brown

 Sentia que tinha de fechar este ciclo de três fases das irmãs Browne, mas foi o que gostei menos. É sexy e dispõe bem, mas a história em si, tenho dúvidas. Ficou no fim da lista manifestamente. E, agora sim, vamos para algo bom.



Prazer ou negócios

 Não adorei, confesso. E senti mesmo necessidade de passar para uma coisa mais séria depois disso (por acaso não aconteceu logo, logo, mas acabou por acontecer).



Viagens

 Estou sempre a pensar que a memória é uma coisa incrível e terrível, provavelmente em igual medida. Acho que há coisas das quais nunca, jamais, me poderei esquecer. Mas depois acontece a minha filha mais velha ter estado dez minutos a explicar-me em que restaurante tínhamos almoçado quando fomos a Madrid (que na verdade era em Salamanca, talvez por isso tenha demorado tanto a perceber o que me estava a dizer) e eu que achava que jamais me esqueceria de Madrid, de repente não sei onde comemos. Se é importante onde almoçamos? Não sei. Se é mais importante que globalmente haja uma boa memória e um quentinho no coração dessa viagem? Isto certamente. Alias, se não fosse assim nem viajaríamos com crianças, que certamente daqui a alguns anos não se vão lembrar. Mas de qualquer forma, gostava de me lembrar.

Claro que já percebi que não posso contar de todo com a minha memória mas devia ter isto tudo escrito, não devia? Quando fomos, por onde, como, onde comemos, que sítios vimos.. porque temos imensas fotografias mas não a descrição detalhada.

Da escavação arqueológica que fiz, a última viagem relatada por aqui foi aos Açores, o que aconteceu em março de 2022, estava eu grávida.

Depois disso,

- outubro de 2022: Disney Paris

- julho 2023: Palma de Maiorca

- outubro 2023: Madrid

- dezembro 2023: Geneve

- março 2024: Irlanda

- junho 2024: Paris

Mas será que foi isto?

Pode ter havido mais?

Fomos ao Algarve e a Punta Umbria, será que conta?

Nunca saberemos..!

Maio

 Veja-se o atraso da pessoa!

- Foi dia da mãe e fizemos um brunch no Monumental na Baixa, um sítio incrível, onde me fizeram um "retrato escrito" que foi uma surpresa enorme.

- Houve pequeno-almoço partilhado na escola

- As miúdas tiveram festas de aniversário várias

- E comecei a planear a da L. (dois anos, Deus meu..)

- Num dos aniversário, o Pedro teve uma ideia totalmente maluca, com desenvolvimentos vários nos meses que se seguiram..

- Fizemos uma consulta com uma nutricionista e foi uma coisa importante cá em casa.

- Fomos no feriado para a nossa vila do coração

- (e o dia da criança para um hotel tão fixe, mas isso fica para junho!)


Amy e Isabelle

 Há uns dois ou três anos criei uma pequena embirração com a Olive Kitteridge, da Elizabeth Strout, e achei que não gostava da autora. Mas já devia saber que a Alfaguara raramente me deixa mal (e juro que vou voltar à Olive). Este livro é mais um exemplo disso. A beleza da escrita é enorme, a vida tal e qual. Gostei muito, muito.



Torto Arado

 De vez em quando há um sorte imensa na nossa vida e chega-nos às mãos um Torto Arado. Que livro! Cada vez mais fã de autores brasileiros. Este segue para o top do ano!



Como escrever

 Here's something new:




Um café em Copenhaga

 Mais um de verão. Não sei bem que sequência tem sido esta porque me faltam mesmo os bons livros. Estes são fofinhos e amorosos para a praia mas não são aqueles mega livros que adoro. Ainda assim, foi um amoroso este.



Noivos à força

 O cenário é piscina e praia.  o livro vai bem. Mas fora desse contexto, talvez menos.

2024 está a ser fraquinho em livros uau. Temos de melhorar isso, urgente. Mas depois das férias, naturalmente!



Só mais uma história de amor

 É verão e estamos na praia e está calor e é silly season. Acho que pode fazer sentido neste contexto. Mas não o leiam em novembro, dezembro ou janeiro. Apenas aceitável para julho e agosto. Não têm de quê!



Tudo o que sei sobre o amor

 Não foi, de todo, "a minha cena." E como diriam as pessoas do Clube do Livo, isto é claramente um 2.. Venha o próximo!



O meu pai voava

 Não é bem um livro, é mais uma carta.



Um longo caminho para casa

 Não tenho imenso orgulho nisto mas it is what it is.

Li o Magnolia Parks (livro 1, coisa que descobri entretanto) em dois ou três dias porque me colei imenso na história (embora não adore as histórias dos vinte's, como disse). E depois disso andava a navegar no Kobo à procura de uma coisa qualquer, quando vi que "Magnolia Parks regressou de Nova Iorque". Claro que precisei de saber o que aconteceu e como acabava a história. Mas depois disso percebi que existem 5 livros da saga (não todos Magnolia, acho, mas com personagens comuns).

Adiante, abri no kobo e tem 1200 páginas (acho que nunca li um livro tão grande no kobo) e achei que duraria semanas mas foi num fim-de-semana. Eis o facto de que não me orgulho, isto não é propriamente literatura ao mais alto nível. É só um bando de adolescentes ultra milionários, com roupas caras, aviões, casas de milhões, em saídas à noite e viagens fabulosas. Com este detalhe do Bj e da Magnolia, que têm uma história de amor que atropela o conceito de literatura. E fica impossível não querer saber se acabam ou não juntos, a coisa mais básica da história. É isto, não é um segredo monumental nem o mais guardado da história, é uma conta de resultado simples. Mas está escrito com um arrebatamento, uma urgência, um sufoco mesmo. No dia seguinte ainda estou meia deprimida com ter acabado. É estranho. E agora sei que há mais um, portanto vou sofrer tudo outra vez. Raisparta!