30 junho, 2022

Dia P de Parabéns. E de parto!

 Uma amiga dizia-me que dos 365 dias do ano, a nossa pontaria é infalível. Pois que temos uma filha nascida no dia 25 de dezembro. E outra no nosso aniversário de casamento. Somos os maiores! E sim, rufem os tambores, baby girl já nasceu!

Aconteceu uma coisa engraçada nesta gravidez (e digo engraçada porque já passaram três semanas do nascimento, claro!). Desde as 34 ou 35 semanas que achávamos que o parto estava iminente, a qualquer hora. Não só eu estava enorme, como me arrastava, como todas as pessoas me diziam que tinha os lábios não sei quê, cara não sei que mais. Na consulta das 37 a médica do hospital disse que não valia a pena marcar porque ela ia nascer antes das 40. E fui-me mentalizando para isto. Ir a algum lado sem águas rebentarem era um sucesso. Cada dia mais um dia, olha boa, não foi hoje. Até que chegamos às 39, coisa que não aconteceu com nenhuma das outras duas (38 e 8 dias e 38 certas). 

A consulta das 39 era precisamente no dia em que fazíamos 10 anos de casados. Algo que o ano passada achamos que estaríamos a comemorar com mega festa e grande viagem. Dias antes não sabíamos se quer onde íamos jantar, por isso até calhou bem a comida do hospital!

Fui vista de manhã e a médica disse para ficar. Já tinha alguma dilatação, a bebé estava grande, havia algumas contrações. Vamos dar entrada ao parto. Aquele "oh meu Deus" outra vez de quem vai ter um bebé!

Tudo calmo e tranquilo na "sala da dilatação" até uma enfermeira ter feito um toque e se ter acelerado todo um processo, com tantas, tantas contrações que mal deu para epidural. Entre isto e nascimento, passaram duas ou três horas. Rebentamento de águas, não recomendo.

Depois da epidural volta aquela calma e tranquilidade de quem não tem dores, já na sala de partos, toda uma equipa a postos, onde está a minha médica mas também a nossa pediatra, uma sorte! Enfermeiras supero queridas, mais duas obstetras da equipa e sinto-me realmente acompanhada e apoiada.

A enfermeira manda-me fazer força e sinto toda a responsabilidade do mundo em mim - mesmo a tempo de dizer que o quarto filho vai ser de cesariana - mas dizem-me que quem faz o trabalho são elas (o P. diz que é o pai!). Foi tudo sem dor mas com esforço mas um parto santo. Sinto que ela saiu e ouvimos o som mais bonito que existe, um bebé e berrar porque acaba de nascer. Choro desalmadamente. Foi uma gravidez com alguma ansiedade e agora a minha filha está a chorar no meu colo, o meu bebé maravilhoso, a mais gordinha das três, a minha bolinha. Ficamos no pele com pele, depois na amamentação e as coisas são tão naturais e tão boas. Tenho mais um coração fora do peito, que é cor de rosa e cheira a bebé. O meu bebé.

Voltamos para casa ao fim de duas noites, para as duas manas, que estão malucas e ansiosas (a C. até se emocionou na vídeo chamada que fizemos no dia do nascimento) e somos - como assim?! - um pack de cinco feliz para sempre!

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