28 janeiro, 2021

Fazer com o que temos

Estava na dúvida entre o "viver" com o que temos ou o fazer, mas dizer viver até parece que fazemos o esforço e é ao contrário; temos tanta coisa e é tão fácil comprar, comprar, comprar que por vezes nos esquecemos de tudo o que temos e o que podemos fazer com isso.

Desde que comecei a saga das compras quinzenais, há coisas que é preciso adaptar porque não vou todos os dias ao supermercado. E, mesmo fazendo planeamento de refeições e listas de compras, por vezes há coisas que falham, sejam porque me esqueço, seja porque na entrega alguma coisa fica por entregar (bastante frequente, infelizmente). Mas é também isto que permite esticar a imaginação e ter criatividade, obtendo até, quem sabe, resultados mais positivos. Como ter feito frango de cerveja sem a sopa de cebola de compra, fazendo antes uma sopa de cebola caseira, usando a cebola para o "molho" e a água da sopa para cozer o arroz. Um super aproveitamento, infinitamente mais saudável que uma saqueta Knorr. O mesmo para as compotas, que continuo a produzir aos quilos, em grande parte porque recebo abóboras com imensa frequência (e não usamos na cozinha), em outra parte porque recebo ainda mais quilos de laranjas e tangerinas, que merecem melhor fim do que apodrecer no cesto da fruta. E se me apetece uma coisa que não tenho a meio da semana, tenho de inventar, não vou comprar a correr. Que vantagens tem o confinamento, estão a ver? De resto, nem se quer me lembro da última vez que fui a um supermercado (e a última entrega foi precisamente há uma semana).

Por outro lado, não estou a gastar menos dinheiro mas este método pode ter esse potencial. Ainda estamos na fase de avaliação das despesas, antes de entrar na poupança mais acentuada, mas fazer menos compras, em princípio, deveria redundar numa melhor gestão de fundos (embora, quinzenalmente, seja com cada conta fofa...!) Ainda assim, é um tema em cima da mesa, no meu radar. Poupar em compras o suficiente para uma viagem aos Açores, não era maravilhoso?

(Mais maravilhoso ainda, só poder viajar efectivamente!)

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