28 abril, 2016

Tapa os ouvidos, Segurança Social



Estou constipada, daquelas constipações à antiga, com direito a febre e cama, já nem me lembrava do que isto era.
Com uma criança de um ano e meio em casa, seria uma missão impossível não a encher de bichos, pelo que, constipei a minha filha, também com direito a febre e tosse e tudo.

São coisas que acontecem.
Mas - há sempre um mas - é a segunda constipação no espaço de três semanas. Minha e da minha filha. 

Vou abster-me agora de considerações sobre o peso gigante que sinto pelos vírus que lhe passei e partir directo para o receio de que a Segurança Social me tire a criança. Duas constipações em três semanas deve dar algum recorde, não? Daqueles maus.

Ares do Porto, já mudavam, não?

Primeira paragem: Maria Bôla

Já almoçamos na Tavi e na Padaria Ribeiro. Já jantamos no Terra e no Guarany. Mas é a Maria Bôla que merece a primeira referência deste roteiro gastronómico do Porto.

Chegamos à Rua de Cedofeita debaixo de um sol maravilhoso. Piolha dorme, P. tira o carrinho da mala e assim que o abre desaba uma chuva monumental. Assim, primeira nota a reter destas primeiras semanas portuenses - não se fiem no tempo.
Dez minutos depois, olá sol outra vez, retomamos a marcha.

O espaço é super cozy. Vintage-retro-chic-cenas, com apontamentos mimosos, muito agradável mesmo. Tem também uma esplanada, onde não ficamos pela chuva que referi há pouco, mas que promete imenso para o Verão.

Fez-me lembrar a casa da minha avó, com os  azulejos pretos e brancos, com os móveis antigos, os sofás, até a bicicleta na parede. Nessa tarde tinha havido um workshop de chocolate e todo um cheirinho pairava no ar, o que deu pontos extra.

Provamos os chocolates mas pedimos a tábua de bolas e um iogurte com cereais e mel (para a C.) que era absolutamente perfeito. Tentamos replicar a receita em casa mas sem sucesso por isso teremos mesmo de voltar. As bôlas, numa tábua de madeira e com imensa variedade, muito boas também.

O único contra do espaço é mesmo a acessibilidade. A entrada fica à face do passeio mas é preciso descer uma escadaria e subir outra para entrar efectivamente. Sem rampas ou elevadores, o que com carrinhos de bebé fica pouco simpático.

De qualquer forma, será certamente um sítio a voltar, como se vê pela imagem anexa.






07 abril, 2016

Até sempre Lisboa

Já aqui disse isto um par de vezes, não queria ter ido viver para Lisboa. Fui contrariada. Passaram quatro anos e assumo, custou-me vir embora. Fazer malas, sacos e caixotes foi um processo doloroso. Deixar a casa também. Antes de sairmos dizia à C. para dizer adeus à nossa casa e vê-la assim, tão feliz, a abanar a mão e dizer "xà, xá" por todo o lado, foi coisinha para me partir o coração. Não queria chorar. Fomos nós que quisemos assim.

Às três da manhã publicava uma fotografia no Instagram com todos os amigos marcados.

A amizade é para sempre. Sem tempo e sem lugar.

As respostas fizeram-me chorar à séria e não sei se já disse mas não queria chorar.

Há todo um mundo novo no dia seguinte.
Não consigo por em texto tudo o que Lisboa foi para nós.

Mas foi onde o P. me pediu em casamento, onde a amizade teve um significado tão especial. Onde soube que estava grávida. Onde vimos nascer os filhos dos nossos amigos. Onde fomos a tantos casamentos. Onde a minha filha cresceu o primeiro ano e meio, tão feliz. Onde fomos nós tão felizes.

Também onde nos iniciamos nesta coisa dos brunchs. E do sushi. E dos mercados. E do gin. Onde fomos a restaurantes maravilhosos, onde conhecemos sítios perfeitos, aonde vamos querer sempre voltar.

Sou saudosista e árvore e não gosto de mudanças (o P. chama-me Velho do Restelo). Espero desta tudo de bom, nem podia ser de outra maneira, mas a bitola é alta. Não vou voltar a este tema - já sei, já chega - mas obrigada e até sempre, Lisboa.


06 abril, 2016

Então que tal vai a vida?

Ok, sobrevivemos à primeira semana. Uff!

E vou começar pelo fim.

Conseguimos, depois de vinte e uma visitas e vinte apartamentos (houve um que vimos duas vezes) encontrar uma casa de que gostamos. Fizemos uma proposta no próprio dia e ficamos com ela. Mas dissemos por várias vezes que seria um ano ou por aí até nova mudança. Queremos uma casa-casa, com jardim, com espaço. E esta é uma casa apartamento.
Feitas as mudanças Lisboa - Porto, e com isto começo então pelo fim, enquanto me lembrar desta mudança - seguramente os próximos vinte anos - não me apanham noutra. Adeus jardim, adeus espaço, gostei muito deste bocadinho.

O plano era bom no papel.
Andamos umas semanas em modo "encaixotando" o que não fazia falta e nos dois últimos dias finalizamos tudo. Saí de Lisboa numa sexta-feira à noite com a casa encaixotada. A empresa de mudanças chegaria no dia seguinte às 09.00 h. da manhã para carregar e por volta das 16.00 h. estariam no Porto.
Ou então não.

A empresa de mudanças chegou às 22.00 h e dado o adiantado da hora não montaram um único móvel; limitaram-se a descarregar uma casa de 120 metros quadrados, numa sala de 30. Obrigadinha. Não se dava um passo naquela confusão, maior caos já visto.

Perdi dois quilos numa semana - esta é a parte boa.
Chegávamos de manhã à casa - armazém, comíamos qualquer coisa a fingir de almoço às cinco da tarde, jantar nem vê-lo, parar à meia noite. Uma semana; aliás, cinco dias. Quarta-feira passada dormimos a primeira noite na nossa casa nova - agora já casa, só faltam algumas cortinas e dois quadros.

De resto, choveu praticamente todos os dias (obrigada Porto) mas conseguimos ir à Foz a pé uma tarde, "almoçar". A C. dormiu o caminho e almoço todo (depois falo da Tavi, já nossa conhecida).

Perto de casa há galerias super simpáticas, com lojas mais baratas do que Lisboa, bancos, farmácia, supermercados, restaurantes e a também já conhecida - e que me levará rapidamente à desgraça - Padaria Ribeiro.

A seu tempo começaremos a falar de restaurantes, brunchs, lojas, sítios, ou assim espero. Temos muita vontade de conhecer tudo.

Para já, recomeçar o trabalho - tudo igual só muda o sítio - e nos próximos fins-de-semana Copenhaga o primeiro e a nossa Lisboa logo a seguir. Tudo certo.

E olá Porto.


05 abril, 2016

Factos curiosos do blogue, poucos dias depois de completar quatro anos de vida

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Se isto não é o degredo, eu não sei o que o degredo é.