29 agosto, 2014

Podia ser a história alimentar da gravidez

A minha sogra conta várias vezes duas histórias da gravidez dela. Uma em que lanchou um queijo bola inteiro com pão e outra em que fez o meu sogro ir comprar pastéis de nata às dez da noite e comeu nove seguidos. 

Eu sempre achei que os desejos na gravidez eram uma treta e ter engravidado só me fez confirmar esta teoria. São uma boa maneira de ter extra mimo mas o risco de a criança nascer com cara de melancia em pleno Dezembro ou de castanha assada em Agosto se ninguém atender aos estranhos apetites, custa-me a crer.

Isso ou tenho tido mesmo sorte.
Não desejei nada especial e mantive a mesma fome. Tenho comido normalmente e embora me apeteça alface, sushi e tosta mista, não são desejos propriamente ditos mas apetites normais. Nada de novo, no fundo.

Hoje no entanto - e sem que isto tenha aparentemente alguma coisa a ver com o facto de estar grávida - achei que ia ter a minha história de gravidez, no que à comida diz respeito.

A história seria:
Passei oito meses de gravidez sem qualquer apetite anormal ou fome extraordinária. Só houve um dia, um sábado à tarde, em que saímos para lanchar e comi dois croissants de chocolate seguidos. Dois. Gigantes. Mornos. Cheios de chocolate. E em que ainda por cima voltei para casa com nódoas por todo o vestido.

Porque é que esta história não chega a ser bem uma história?
Porque - graças a Deus - o meu marido é polícia alimentar e quando me viu a olhar com ar de cachorrinho abandonado para o potencial croissant número dois, pôs-me a mexer porta fora e tomá lá para sermos democráticos.

De modos que este episósio se resume no fundo a um normal croissant de chocolate, com nódoas à mistura (esta parte é verdade que não sei bem o que se passa mas passo a vida a sujar-me) e a um marido fofinho que me põe da linha como é preciso.

A não ser assim, seria uma boa história para contar a propósito da gravidez.



4 comentários:

  1. Vá, se ainda te falta um mêsito como forno de um bebé, ainda há esperança na tua história de gravidez! Pensa lá bem se não te apetece perdidamente 1 bola de berlim (a minha mae comeu uma todos os dias durante 9 meses) ou outra qualquer coisa mais absurda :P

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  2. A Mãe conta-me que, quando estava grávida de mim, ficou estagnada perante uma nespereira, logo ela que não suporta tal fruto! Nem ela, nem eu.
    A dona da árvore, que observava a minha mãe, lá reparou que ela estava grávida e com desejos. Toda contente, arranjou-lhe um saco cheio de nêsperas. É bem possível imaginar a felicidade da minha mãe naquele momento, até porque, cada vez que se conta esta história, o meu pai perde-se de riso.

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  3. Pois eu reconheço que acredito nisso dos desejos. Depende das mulheres.

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  4. Lá se foi a tua história.
    Parabéns pelo bebé e espero que corra tudo bem :)

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